quarta-feira, 19 de outubro de 2011

independentemente do facto de, pelos vistos, uma pessoa (só uma? jura? a sério? só uma?) me querer fazer a folha, limpando-me o sebo, eu estou muito contente, ai que contente!
temperaturas abaixo de 20 graus.
atéquimfim, foda-se!

pessoa que me quer dar uma facada:

pá, tratares-me por tu, era coisa, assim,sem mais, para eu afinar e ficar mesmo muito aborrecida. juro.
agora dizeres que me dás uma facada, dentro do tribunal e em frente ao funcionário de justiça, isso é mesmo de burro, men.

o que me lixou foi o gajo tratar-me por tu

é que toda a gente sabe que tenho muito mau feitio.
e a cena da facada também é um bocado esquiza...
não queres que acredite, pois não?
ai uma facada!
mas quê, na barriga, tipo como nos filme, é isso?

pfff

o quê, queres ver que é desta?

"com esse feitio ainda levas uma facada"

uicamedo... huuuuuuu...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

e eu que estou mais gorda tres quilos, hán?
aqui todos muito bem alapadinhos.... nas minhas coxas... hum?!
cabrões.
o problema é o seguinte: a crise e tal e mais a vida e a mim dá-me vontade de comer.
e quando me dá vontade de comer, eu como.
esse é que é o problema.
por exemplo, eu tenho vontade de escrever aqui no coiso. o que é que eu faço? como estou a meio dum dia de trabalho e sou uma mulher terrivelmente responsável, vou refrear a minha vontade com dois copos de água e só escrevo logo à noite e agendo para ser publicado no dia seguinte, não é?
tá errado. eu nem sei agendar, acho isso um must, mas não sei fazer.
na verdade, eu sou trabalhadora indêpêndentchi e por via disso e da minha molenguice, ás vezes dá-me para não me apetecer trabalhar e em vez de coçar os tomates que (ainda) não tenho, venho aqui e como tenho vontade de escrever, escrevo. e estou-me bem a cagar se me quiserem queimar viva numa fogueira, assim como assim, não sabem onde vivo...
simples.
o problema é com a comida. 
e com os cigarros. 
e com a bebida. 
não. 
tou a gozar, 
com a bebida não tenho problema. 
ainda.
eu tenho vontade de comer e como, não é? mas em vez de, orgulhosamente, comer à vista de toda a gente, não. como ás escondidas. é uma cena absolutamente racional, reparem. eu como és escondidas, não por qualquer impulso irracional, outrossim pela vontade pura e dura de comer, mas como fico cheia de vergonha, porque estava a ficar tão boua com a ginástica e tal e agora estou preguiçosa e não me apetece, fico inibida e por isso, como ás escondidas. 
de todos.
isto é rigorosamente verdade.
como batatas fritas de pacote de madrugada, como bolachas, até as da minha filha mais nova, tadinha, e se sobrar alguma coisa que tenha molho de natas, tanto melhor, eu vou lá, muito devagarinho, meto o prato de arroz cheio de molho, aqueço no microondas e até abro a porta do aparelho antes de acabar, que é para não fazer aquele barulho da campainha.
a sério. deplorável.
eu por mim, não contava nada disto (não que isto seja um segredo, que o meu marido já sabe há muito tempo, finge é que não sabe, porque tem medo de mim) mas eu até posso estar a pensar mal e afinal isto, na vez de ser uma cena absolutamente deprimente e vexatória, é mazé um sintoma duma doença rara, ou coisa assim.
(e aqui dispenso a piada da doença ser a obesidade, porque, convenhamos, é demasiado óbvia, ok?)

eh pa, eu até ando triste, à custa desta merda.


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Faz amanhã 16 anos e estava assim um tempo destes...


Um calor insuportável. um verão, em Outubro, de meter medo.
Os meus pés calçavam o 40 e tu pesavas 3.250kg.

E agora cá estamos nós, não é? Não têm sido fáceis estes últimos tempos, pois não?

Nós os dois sempre de candeias ás avessas, tu a declares-me uma guerra tal, que nem as conversações ao mais alto nível, fazem prever o cessar fogo, eu a aguentar sabe deus como...

xiça, pá, tenho umas saudades tuas!

saudades do menino que eras e um medo do caraças de que te tornes um homem parecido com o adolescente que és... não gosto nada.

Ainda agora me ligou a avó, toda triste, a dizer que tu estás um bicho do buraco, que amanhã vem jantar contigo, mas que tem a sensação de que vir ou não, te dá igual. Eu acho que ela tem razão, mas não lhe digo, descansa.

Eras tão querido antes de teres esse teu metro e sei lá quanto, muito mais do que o meu metro e sessenta e três... estás tão grande...

Bem sei que não facilito a tua vida.

Bem sei que deixar-te à tua sorte, assim, sem rede nem nada, sem ordens ou indicações, sem qualquer preocupação por ti, sem exigências, deixar-te só a pizas e computador, era mesmo de rei, não era?

Mas porra, pá, eu sou tua mãe!

É suposto as mães serem umas chatas de vez em quando...

Não te esqueças é que, nos separam uns verdes 20 anos e que se não fosse a educação madura que tentei desenvolver para ti, isto era um Brasil! Forró e praia o ano inteiro e responsabilidade zero! como a tolerância que tenho contigo, no momento...

Sabes que cada um tem o seu papel e o meu é ser rigorosa.

Espero é que tenhas noção de que me partes o coração a cada resposta torta, a cada ordem não acatada, a cada ronco, a cada deixa-me!, a cada oh vai começar outra vez...

Já te fiz várias declarações do meu amor, mas até fico um bocado triste, porque isto do amor das mães nem sequer devia ser declarado, ó pá, está lá, vai fazer amanhã 16 anos que está lá, um amor que nasceu faz amanhã 16 anos e que não vai para mais lado nenhum a não ser para ti, uma coisa que nasceu quando tu nasceste, sei lá... não se explica....

e depois tu chegas a esta idade, em que a vida para ti, é só andar nela a toda a força, em duas rodas de preferência, rodeado daqueles moços que lá enfias em casa, uns mais bem educados que outros, (que eu não me esqueço do que o Gabriel escreveu no meu carro, mesmo sabendo que era meu... ) ás vezes acho que vocês em geral e tu em particular equiparam-se, em termos de cérebro, ao da tua irmã que tem dois anos... a única diferença é que vocês sabem mandar sms em velocidade furiosa e ela ainda não....

enfim...

sabes que escrevo de rajada e raramente releio o que escrevo, por isso é que grande parte do que escrevo, depois não faz sentido, mas tu vais entender, pois é?

é que nisso és igualzinho a mim, humor parvo e um bocado idiotas, não é?
 
Amanhã há carne assada e o tal bolo de chocolate. Como querias.

Pode é não haver saída no sábado à noite, ainda vou pensar, mas o que te quero dizer é: ainda que te diga que não podes sair no sábado à noite e ir ao sitio que querias ir, e chegares a casa ás tantas da manhã, ainda que isso aconteça, tens que entender que alguém tem de fazer esse papel... e em vez de me jurares ódio eterno, tenta lembrar-te daquelas alturas em que chegávamos a casa, depois de te ir buscar ao colégio ás sete da tarde, há uns anos atrás e cantávamos a plenos pulmões os dois: não tenho nada, mas tenho tenho tudo, sou pobre em ouro mas rica rica em sonhos

eu sei! eu sei! é a musica da Floribela! 
mas admite, divertia-mo-nos bem mais do que agora, com a musica do Skrillex, ou lá o que é aquilo que tu andas a ouvir...

Love,
Mãe.