Ontem, ao telefone com uma amiga, que já não vejo há uns meses valentes, contei-lhe como têm sido os últimos tempos e lá aproveitei para dizer mal da minha vida.
Parece (diz-me ela, que eu não dei por isso), que eu estive uns bons 45 minutos a lavar a alminha.
Diz-me ela também (que eu juro que não me lembro), que me deu a mesma resposta à mesma pergunta, umas 3 ou 4 vezes, e que eu, passado uns minutos, voltava ao mesmo... era como o outro: “…e ela a dar-lhe e a mula a fugir”
Ora, ela que é toda das psicologias, não foi de modas e como viu que metade do que me dizia, eu não ouvia, mandou-me um email com um texto duma psicóloga.
Subject: “O esgotamento. – Lê se fazes o favor e depois diz-me qualquer coisa."
Levantei o sobrolho e lá começo a ler, nhé nhé nhé, que a Drª não sei o quê, que é psicóloga e tem um mestrado em psicologia de não sei quantos, diz que “há um limite de elasticidade emocional”… e mais não sei o quê do stress, que pode ser um pau de dois bicos, porque “Se for adequadamente resolvido, o stress pode constituir um factor de motivação pessoal. Caso contrário, todo o corpo quebra, o físico e o psicológico"
E enquanto lia isto pensava: eu bem digo, é o Stress, é esse garanhão, as gajas se não andam já andaram ou vão andar com ele - e ria-me sozinha, ahahahahahahahah, que engraçada que eu sou, vou escrever isto no meu blog!!!
E continuo a ler: "Quando as falhas se tornam constantes e afectam a auto-estima do indivíduo, juntamente com a manifestação de outras perturbações psíquicas e físicas, ele pode estar a caminho do esgotamento."
...e aqui começo a pensar… espera aí, deixa lá ver isto como deve ser.
E inclino-me no portátil para ler melhor…
"Os primeiros sintomas dão azo a queixas vagas, tais como tonturas (humm…), palpitações (hum, hum..), falta de ar (Ok, pronto- check!), a sensação de ter um nó na garganta ou dores sem uma causa física (check.), principalmente na cabeça, abdómen, peito, costas e pernas (check! check! Check! Check! Check!)"
E inclino-me no portátil para ler melhor…
"Os primeiros sintomas dão azo a queixas vagas, tais como tonturas (humm…), palpitações (hum, hum..), falta de ar (Ok, pronto- check!), a sensação de ter um nó na garganta ou dores sem uma causa física (check.), principalmente na cabeça, abdómen, peito, costas e pernas (check! check! Check! Check! Check!)"
E continua: «Surgem também alterações do sono, que podem manifestar-se através de insónias (pois, isto eu tenho) ou sonolência excessiva (maaau), e alterações do peso (ai que caralho, tu queres ver…), podendo a pessoa emagrecer ou engordar (mas o que é isto? É que já foram à vida mais de 6 Kg e eu estava toda contente!!). Dá-se uma perda da energia vital, que se reflecte em desmotivação, apatia, preguiça e fadiga fácil (eh pá…).»
E continua: «Consequentemente, assiste-se a uma redução da performance psíquica, na capacidade de raciocínio, concentração e de tomar decisões, juntamente com falhas de memória e baixo desempenho sexual (ui, mas afinal… espera aí… ó que grande merda!).»
«Há uma maior propensão para estados de irritabilidade – a pessoa passa a ser menos tolerante a situações adversas (espera lá, então não é SÓ o meu mau feitio?). para distúrbios de ansiedade, apreensão contínua e medo sem uma causa específica"
Mas o melhor é Il grand finale:
"Mais tarde, estes sintomas agravam-se e o paciente manifesta um humor deprimido, quase diariamente. Sente tristeza, angústia e pessimismo. A perda de interesse acentua-se e dá-se uma redução significativa do prazer obtido com a vida. A auto estima diminui consideravelmente e surgem sentimentos de culpa e ideias de suicídio, ou o não se importar com a sua morte. Todo o organismo fica debilitado e, no limite, o esgotamento pode conduzir à morte"
À Morte? À MORTE?!?!?!
Respondo à minha amiga por mail:
"Ó carbalhoo, eu até posso andar de raciocínio lento, a dormir duas horas por noite ou então a dormir 12 horas seguidas, com a cabeça a pesar duas toneladas, com um humor pior que o de um cão, intolerante e malcriada, desconcentrada e pessimista...
Mas metade destas merdas, justifica-se ou pelo meu mau feitio, ou pela neura das hormonas ou pelo simples facto de não me apetecer vergar a mola!!!
E mesmo que estivesse clinicamente esgotada, achas MESMO que melhor maneira de me dar uma mãozinha era mandar-me um email, como se fosses o cavaleiro do Apocalipse, ou o Nostradamus da psicologia???
É que digo-te uma coisa, se não estava esgotada, passei a estar e já sei, o resultado é das duas uma, ou rapo o cabelo, como a Britney ou vou quinar daqui a nada!
Oravaimaséparaocaralhinho e putaquepariu essa psicóloga gótica."
Xiça, eu levo com cada uma!!!
7 comentários:
Com amigos assim...arghhhh
BEIJOOOOOOOO
Amiga com esse humor é impossivel estares com esgotamento...no entanto, só por precaução consulta um psicologo!!! lol
Sadeek!!!!
Como vai a tua descendência?
E a mãe, tens mimado muito?
Muitas gracias pela visita!!!
Quebra:
é pá, eu por via das dúvidas, fui ao sr dr médico, que me disse que realmente eu devia levantar o pé do acelerador...
continuo a torcer o meu nariz de judeu, mas não vá o "capêta" tecê-las, vou levar a vidinha só a 999 km/h, na vez dos 1000 do costume ehehehehe.
Bolas.... mas que grande "sermão" levaste!!!
Tem calma, o culpa é do stress diário!! ;)
Nada que não passe!
Beijinho
Estou de volta Rachel...
a preguiça foi-se!
bj
Ouvi a tua participação ontem na prova oral...momento de rádio inesquecivel...
ouviste o meu comentário?(o primeiro que o Alvim leu)....fraquinho...fraquinho!
Quebra:
Estive MESMO para te mandar um beijinho em directo, mas achei que ía soar a discos pedidos...
Mas da próxima, com toda a lata do mundo, mando mesmo!! ehehehehe
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