quarta-feira, 28 de março de 2012

E neste dá para ver a carinha fofa dos meninos e o pessoal do Porto, acho que no Sá da Bandeira a cantar a par com eles...

O Porto e as Canções

No Domingo, no programa dos Ídolos, um rapaz franzino, que eu não percebi bem se estava a deixar crescer o bigode, ou se não fazia o buço, cantou uma das mais lindas canções de amor.
Cantou-a bem e arrancou rasgados elogios do júri, quer pela cantoria em si, quer pela qualidade da canção que escolheu.
A mim é que nem sei o que me pareceu, assim cantada, sem as vogais abertas e o sotaque fozeiro d'Os Azeitonas.
Não é a mesma coisa, men!
Não se "rôba" a lua, rOUba-se a lua, pá!
Arrepio-me toda, lacrimejo até, sempre que ouço canções cantadas com a pronuncia do Norte, especificamente, do Porto.
Da mesma forma que me aconchega a alma, ouvir canções que cantem a cidade e que se estejam a marimbar se alguém, para além de nós, saiba onde é a "Avenida"...

Fica o bídio.


Nota: isto do bídio é no gozo. uma vez por outra lá resvala a língua e um vê é trocado por um bê, mas por via de regra, a malta sabe que vaca é vaca e não báca.

segunda-feira, 19 de março de 2012

A entrevista do Rogério Samora

Foi preciso assistires à entrevista que o Rogério Samora deu àquele infeliz que é amigo dos jogadores da selecção, como é que ele se chama? bom, não interessa, o que quero dizer é que foi preciso estares empoleirado com esse teu corpanzil todo, no cadeirão de baloiço e assistires ás lágrimas do senhor, porque lhe morreram os amores da vida, a mãe e a avó, para que eu tivesse um sinal, assim como que uma epifania...
ali os dois, a ver o senhor debulhar-se todo em lágrimas, tu nitidamente com um nó na garganta, mas a fingir que nem estavas a ver, eu já prestes a largar a chorar, que o meu choro hoje em dia, como sabes é mais que fácil, um silêncio de cortar à faca, a ver quem mais faz de conta que as saudades dos amores da vida que já cá não estão, não matam um gajo por dentro...
depois, aquilo acaba e tu dizes: "eh pa, nem quero pensar se as minhas duas gordas me faltassem..."...
e eu, incrédula a olhar meio de lado, à espera duma tirada parva a rematar o comentário fofinho e...

nada!

ficaste-te por ali.

e quando ías a sair da sala, voltaste para trás, agarraste-me com força, com esses braços de metro e meio e deste-me beijos no cabelo.
e digo-te uma coisa, eu nem consegui dar-te beijos de volta, tal era a minha estupefacção!

estarás tu de volta? a voltar? de regresso a casa, my dear?
se calhar ainda falta, não é? estou a esticar-me.

mas foi preciso o Rogério Samora chorar na TV, para eu tomar consciência que se calhar afinal não está tudo perdido e um dia tu regressas, e és outra vez só meu filho.

foi preciso o Rogério Samora chorar na TV, para eu perceber que tenho de ficar ali, sentada à espera, naquela latitude e longitude, nas coordenadas certas do GPS, porque afinal, mesmo que vás ainda dar uma volta desgraçada e a 20 quilómetros por hora, tu já estás é de regresso a casa.

love,
mãe.

terça-feira, 13 de março de 2012

as pessoas não sabem

mas eu estive, e ainda estou, a padecer duma maleita, que me permite drogar-me, licitamente, todos os dias pela manhã, para ficar com complexo super-mulher e andar tipo como quem flutua, ou seja, um palmo acima do chão, e voltar a drogar-me, licitamente (reforço) pela noitinha, para que, quando o segundo pé entre na cama, já esteja eu na terra dos sonhos.
e agora falam-me em desmames.
claro que sim. isso e facas espetadas nos olhos. do médico.

agora a sério

aquela merda das saias curtas à frente e compridas atrás é bonito?

segunda-feira, 12 de março de 2012

Faróis bichéne

Ora bem, já tirei a senhora justiça de natal dali de cima e, até agora, já vou em 18 palavras, tirando o titulo.
Para começo de época, parece-me bem.
A minha escrita tem estado ao nível da escrita cuneiforme, dos sumérios e parece-me evidente que isso se sentiu por aqui.
Hoje, assim de repente, apeteceu-me.
Abri isto, vi que ainda estava como o deixei. menos mal! podia ter sido atacado, okupado por rastafaris sem abrigo, ou pior, podia estar na cloud perdido, uma vez que eu já nem me lembrava bem das passwords.
isto tudo... para nada dizer! aliás, à semelhança do que tem sido aqui feito, desde o começo.
e por agora é tudo, adeus e até ao meu regresso.
que isto da vontade de aqui escrever, é, para mim, como os faróis bichéne.
um mistério.