quarta-feira, 30 de junho de 2010

Amor de irmão, a tatuagem invisivel.

Por força da primeira dentição, a bebe esteve novamente doente.
39,5 de febre com direito a delírios nocturnos.
Na tarde em que a febre se instalou, estavamos nós na Nespresso a comprar café.
O mais velho na SportZone.
A bebe começa a chorar. E eu: ui, que é isto? ela nunca chora. hei, Luisinha, estamos no shopping.
O choro subiu de tom. Muito.
Tirei-a do carrinho, passou do choro ao berro.
O Pai pegou nela, passou do berro ao guincho.
E heis que apareceu o irmão.
Atirou-se para o colo dele, com o ar mais cachorro perdido do mundo, os olhinhos já todos vidrados, agarrou-se tipo lapa ao pescoço e deitou a cabeça no ombro.
Parou de chorar.
Diz-me ele: eu sei que ela está assim por estar doente, mas era disto que eu falava quando dizia que queria uma irmã. são tão queridas!

Ah!

E eu que mesmo que soubesse que Portugal jogava hoje, me estava a marimbar nisso?

Ah!

E eu que não sabia que Portugal jogava hoje?!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Ora bem,

Só para dizer que passei uma das maiores vergonhas da minha vida.
A meio de uma consulta, a senhora com cerca de 70 anos, que está em litigância profunda com a irmã, por causa dumas partilhas diz-me:

Ó Drª ela é um tubarão, até o bacamarte a danada consegui abocanhar.

E eu desmanchei-me toda a rir.
Até me escorriam lágrimas pela cara abaixo, meus amigos. Lágrimas, ouviram bem? Lágrimas.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Foi no dia 23, mas eu não tive tempo de cá passar com calma

Aos 23 de Junho do ano da graça de 1975, pelas 23h.30m, nasceu na Ordem da Lapa, no Porto, um menino que viria a crescer para ser o homem mais sortudo, que Deus no mundo deitou.

Esse menino, o primonégito de uma frataria de dois irmãos, cresceu abençoado pelo S. João Baptista e chorou que se matou até ao dia em que foi batizado, para que não restassem duvidas.

Daí para a frente foi sempre a abrir, amparado pelo amor incondicional de duas pessoas que infelizmente Deus, que ás vezes é muito invejoso, já recolheu para si, mas que enquanto cá estiveram fizeram desse menino um homem integro, honesto e um pater familias, como há muito tempo não se via.

Never the less, ainda andou aí meio perdido no meio dum mulherio manhoso, mas como o bocado está guardado para quem o há-de comer, tumba! em 21 de Julho de 2001, enceta relação amorosa séria, com este sublime espécime do sexo feminino, que sou eu.

O relacionamento sério é abençoado Catolicamente no dia 31 de Julho de 2004. Dia 31 esse, que não foi escolhido ao acaso, porque a seguir entrava agosto... e a noiva era a gaja mais gira da festa.

Isto posto, resta-me dizer que entretanto o menino cujo nascimento se celebrou no dia 23 do mês que corre, é o meu marido, que somos uma familia de 4 e mais um cão e queria aproveitar a oportunidade para dizer que o menino devia levantar aos mãozinhas para o céu todos os dias, porque apesar de meio caótico, aquilo lá em casa é um verdadeiro espectáculo.

E isto posto, resta mostrar o que o menino recebeu como presente da familia (nós os três e mais a cadela), no dia em que completou 35 muito lindas primaveras.

É que a familia do menino só podia ser representada desta forma...
ilustrada!

A Ilustração, que foi devidamente encaixilhada é da autoria da Iso (abrir o link se fazem o obséquio). Um poço de talento.



quarta-feira, 23 de junho de 2010

As plantas e eu, eu e as plantas: toda uma problemática.

Em tempos idos, a minha mãe não descansou enquanto não enfiou em minha casa, mesmo antes de eu para lá ir morar, plantas.
Umas grandes, outras mais pequenas e uma palmeira que mais parecia sei lá o quê.
Eu avisei logo, olha que vai morrer tudo. Porque o que lá se dá muito bem são as artificias, essas são uma beleza, dão-se mesmo muito bem com a casa e principalmente comigo.
A minha mãe pensou que eu estava a brincar e mandou-me à merda mentalmente e as plantas lá ficaram.
Não mais de um ano depois, tinham-se finado todas, paz à sua alma, lixo com os troncos.
Não sei se foi por falta de água ou excesso dela, que essa problemática eu nunca entendi, o certo é que morreu tudo.

Credo, rapariga, tu secas tudo à tua volta! disse a minha mãe desconsolada.

Eu tentei explicar que eu tenho muito amor para dar, mas que fico doida com tanta exigência da parte das plantas. É porque umas gostam de luz e pouca água, outras gostam de luz e muita água, outras é escuridão e sede, outras escuridão e água com fartura e outras o caralhomaisvelho, que até me está a dar nervos só de me lembrar.

Deste modo, nunca mais houve plantas vivas lá em casa. Há sim jarras com flores frescas quase todas as semanas, porque tenho clientes muito queridas que me levam ao escritório de tudo um pouco, orquídeas, margaridas e muitas outras que não sei o nome.

E isto para dizer o quê, que cheguei um dia destes ao escritório e deparo com um espectáculo do diabo. Então não é que as folhas da planta que cá tenho começaram a cair?!?!
Pois é, a nuance é que a planta é artificial!
Tirei uma foto, que aqui deixo para recordação e quando mostrei à minha mãe ela arregalou os os olhos, abanou com a cabeça e não disse nada...
Pelos vistos é a mais pura das realidades, eu seco tudo à minha volta. Até plantas que não são verdadeiras, comigo, começam a perder a folhagem...

Isto posto, vou ali ao psicanalista e já venho.
Se não voltar é porque, ou estou internada compulsivamente, ou estou a levar com choques eléctricos.
Bisou!



quinta-feira, 17 de junho de 2010

Deusmalivre

Que isto aqui, ISTO AQUI, é o meu retrato mais fiel!!!!

E queria eu fazer um auto-retrato. Pronto, está feito.

E de modo que,

o post anterior tem várias verdades e várias mentiras.
Do you guess?
(viram, que estou novamente numa nova tendência e escrevo metade em português e metade em estrangeiro?)
(está melhor assim, ou querem de novo o vernáculo venenoso?)

Ou então começo toda uma nova tendência, tipo...

... ah e tal, this is me and my friends, de cara censurada, mas somos todas muito giras, só que nos Blogs não se pode mostrar a cara e era censurar o focinho ou mostrar só as perninhas e aí ficava eu a perder, que sou a única que está de calças e o Blog é meu, e elas mesmo em sendo minhas amigas, não podem brilhar mais que esta estrelinha mais linda do mundo que sou eu e que bem que estamos todas, antes de entrar no barco que nos levou à outra margem, para jantar num restaurante muito bonito, onde alarvamos umas belas entradas e depois umas lulas grelhadas com uma folha de alface que está o verão à porta e pese embora as girls vistam o mesmo que veste a minha filha de 11 meses, tem que se olhar para a linha, até porque o pessoal gosta é de parecer que está de lado, quando efectivamente está de frente, mas isso agora não interessa nada, porque era só para mostrar que tenho vida para além do Blog.

Vai na volta

Ainda tenho que deixar de utilizar o vernáculo, amiúde,
Ainda tenho que deixar de gozar com a minha profissão,
Ou então, ainda tenho que deixar de gozar com a minha profissão e utilizar o vernáculo, simultâneamente,

É que se assim for, mais vale deixar isto duma vez por todas.

A testemunha opinativa

Impunha-se provar oito singelas coisitas:

A actividade a que se dedicam Requerente e Requerido
Que o serviço havia sido solicitado pela Requerida à Requerente
Que o serviço havia sido prestado pela Requerente à Requerida
Que a factura tinha sido emitida na data X e com vencimento na data Y
Que a Requerida havia sido interpelada na pessoa de vários funcionários e na pessoa dos legais representantes, para proceder ao pagamento da factura vencida
Exibir a factura e comprovar que sim senhora, é aquela, daquela data e daquele valor
E por fim, que a mesma não havia sido liquidada, total ou parcialmente, pela Requerida.

A testemunha arrolada pela Requerente devia ter qualquer coisa mais interessante para fazer, tipo ir limar as unhas de gel, ou o caralho, uma vez que se mostrou, durante os cinco minutos em que foi inquirida, deveras impaciente.

À ultima questão que se lhe coloca,

Srª Dª Testemunha, a Requerida liquidou a factura junta aos autos, total ou parcialmente?

Ó Srª Drª, que pergunta tão despropositada... se tivesse liquidado, não estaríamos aqui, não acha?


Está bem, então.
Vá lá à sua vida e não se esqueça de mandar com os cornos num poste, ok?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

E, mais uma vez, porque estou eu a postar como uma louca?

Está ceeertoooo! Afinal os meus meninos já conhecem esta que vos escreve, tãoooo bem!!!
Pois que tenho, sim senhor, dois prazos a acabar hoje e não sei por que ponta lhes pegue.
Coisas intelectualmente muito exigentes, como sendo uma resposta a uma contra-ordenação ambiental, por via de águas da máquina de lavar loiça a serem despejadas para as valetas e uma Oposição a uma injunção muito linda, por mor da falta de pagamento de facturas da MEO.
Ora fôda-se.

Os meus nervos não aguentam esta pressão. A sério.

Hoje de manhã, ainda antes de ter tomado café para aliviar a dor nos cornos com que acordei, fui dar com a criança em pé!

Ontem não se mexia, hoje estava nestes preparos...



E já agora,

Também apreciava mesmo muito que a tendência anual para a falta de pagamento de honorários devidos à minha pessoa, a partir do mês de Julho, não se verificasse este ano.

Ora o que eu mais queria,

sim, adivinharam, seu bando de Mayas insuportável... é férias!

Peço desculpa,

... mas começar um julgamento ás 14.30, ouvir uma testemunha e suspender a Audiência ás 15h, porque joga o Portugal, é talvez um pouco rebuscado para a minha mente entender.
Mas se calhar é de mim e das madeixas que voltaram a ser doiradas.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Exmos. Colegas que desmarcaram reuniões, para verem os jogos do mundial:

Vuvuzelas. Uma duzia de vuvuzelas nos vossos ouvidos, por período nunca inferior a 12 horas consecutivas, é o que lhes desejo.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Já chegou!

Já sei que tenho no escritorio da cidade grande a Clutch que encomendei AQUI!! (Abrir mesmo, sff!)
Tomem lá fotografia, gamada do blog da Iso.



(Iso, sorry, tinha que fazer isto, se o pessoal não vir bonecos, não abre os links...)

Para além de artista, esta menina é uma fervurinha, porque encomendei ontem de manhã e hoje à noite lá vai a Clutch dar uma volta comigo.


Hoje adjudiquei nova obra à Iso. Uma ilustração.
Quando receber mostro.

Até lá, ide ver as coisas lindas aqui e aqui e encomendem! Há lá coisas assim, tipo estas, vejam lá...




Máximo de 30 horas de trabalho a favor da comunidade e um pedido de desculpas à Ofendida

A rapariga tem 17 anos. O rapaz tinha 17, há oito dias fez 18. Mas quando gamaram o portatil ao melhor amigo tinham 15.
Tiraram-lhe a chave de casa do cacifo, foram a casa dele na hora do almoço e trouxeram o portatil da mãe, que prontamente venderam por 80 euros.

O rapaz remete-se ao silêncio.
Diz a rapariga que agora já não é tão amiga do amigo.
O amigo encolhe os ombros e não responde. Não responde porque os pais estão presentes e bem sabe que os 80 euros foram dividios por 3...

O rapaz, que entretanto fez 18 anos, vê o processo ser arquivado, por força das leis arcaicas e desconexas que "protegem” os menores e a rapariga vê a Defensora aceitar de bom grado a medida tutelar proposta pelo MP, máximo de 30 horas de trabalho a favor da comunidade e um pedido de desculpas à mãe do amigo.

Diz-lhe a Juiz "percebeu? vai receber uma carta em casa a dizer onde tem de se dirigir para prestar o trabalho a favor da comunidade."
abanou com a cabeça que sim.
"e agora tem de pedir desculpa ali à Dª Coisinha."
"desculpe aí."

E pronto.
Um Desculpe aí e mais umas horas a lavar loiça num lar de idosos.

A rapariga sai de cara amarrada, porque sabe que vai sozinha lavar loiça por causa dos 80 euros, que afinal, foram a dividir por 3.

Eu queria saber, por favor,

quem foi a alma mal acabada que me rogou uma praga das antigas e que me deixou neste estado de prostração, que parece que nunca mais vou conseguir fazer nada em condições.
Alguém me diz, se não se importam?
Agradecida.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Alguém sabe fazer destas cenas?


Queria umas 100, sff.

A todas as Divindades que para aí existirem:

Olá,
O meu nome é Rachel, tenho 35 anos e estou neurótica.
Preciso de ajuda divina para me acompanhar neste calvário, que é criar um filho de 14 anos e uma filha de 10 meses, simultâneamente.
Obrigada.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

E quem esteve de férias ponha o dedo no ar!

O que se passou na vida da autora deste formidável conjunto de pérolas literárias, desde a ultima vez que aqui escreveu?

Quem pensou,
esteve deitada em areias brancas e finas a bronzear-se toda para ficar ainda mais gira, a puta...
sossegue, não foi o caso.

A miúda teve febre, depois teve muita febre, depois teve febre outra vez e depois nasceu-lhe mais um dente.
A miúda melhorou da febre.
A miúda teve tosse, depois teve muita tosse, depois teve tosse outra vez e depois acabou nas urgências pediátricas com mais uma bronquiolite diagnosticada, muitos euros de remédios e noites e noites a dormir aos bocadinhos.

Entretanto, esta que aqui redige coisas sem nexo, teve consciência de que deve estar seguramente a espiar pecados escabrosos e comeu uma merda dum doce que estava estragado.

É bem feita, ninguém manda comer doces, toma lá que é democrático, agora aguenta e não chora.

E vai daí, adoece no dia em que a miúda visita as urgências pediátricas, mas aguenta e não chora, em prol da prole.

Depois de um dia e meio a desidratar severamente e sem comer, esta que aqui redige coisas sem nexo, é admitida nos serviços de urgência, já a passar-se para o outro lado.
Lá esteve, esta que aqui redige coisas sem nexo, de agulha enfiada no bracinho macilento, durante uma tarde inteira, a receber soro acompanhado de algumas drogas que lhe permitissem ir para casa cuidar da miúda doente e preocupar-se com o mais velho, que agora quer ir para a praia sozinho com os amigos.

Depois lá dão alta a esta que aqui escreve coisa sem nexo e esta desgraçada volta para casa, mais morta que viva, onde a esperava a miúda ainda doente, vapores com remédios, antibióticos, mais noites a dormir aos bocadinhos e dieta de cozidos e grelhados.
Hoje, ambas, miúda e pessoa que aqui escreve, estão ligeiramente melhores.
E o mais velho, já vai para a praia sozinho com os amigos.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Eu também tenho sapatos e as passadeiras são dos peões!

Pois é.
Deve estar tudo de boca aberta e a pensar, como? também tu tens sapatos? meus Deus este mundo está perdido!!!

Mas é um facto. Também eu tenho sapatos e até vou aqui colocar uma foto do sapato que me fez escrever este post. Devo advertir que é um sapato pobrezito, de uma loja normalzinha e com muita pena minha, não custou os olhos da cara, porque se tivesse custado era sinal que eu andava montada na grana e podia investir o meu dinheirinho em objectos que têm por função primeira proteger os pés de vidros, pedras e outras coisas que podem magoar, mas que tem como função derradeira, embelezar o dito e ostracizar o mulherio que não pode ser a próxima Imelda Marcos.

Posto isto e continuando para bingo, só cá deixo este post para me lembrar para todo o sempre e por favor se virem que me estou a esquecer atirem-me com um pedregulho para eu me recordar, que enquanto a miuda for transportada ao meu colo, é de rasos que tenho que rodar.

Eu sei que há um ano atrás calçava as havaianas do meu marido e que muito prazer me dá regressar ás alturas, mas hoje vi a minha vida a andar para trás, ou melhor, a andar para baixo, em direcção ao asfalto... quando tentei atravessar a passadeira duma rua empedrada, com a miuda ao colo e a passo rápido, porque o amável condutor que estava parado para eu passar, estava impaciente, o fofo.

Quanto ao amável condutor, o que lhe desejo grande querido, é que seja amavelmente sodomizado por um negão faminto,
Quanto aos sapatos, prágrandeputaqueospariu, vão mas é já para o fundo do armário, estes cabrões.