quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Está tudo prontinho!

Já assentei arraiais na casa materna!
Está tudo quentinho, a mesa já toda engalanada, os doces em cima dela, os frutos secos nas tacinhas, cheiro a cabrito acabado de temperar, couves por todo o lado e o adolescente a entrar e a sair da cozinha, com os cães todos atrás, a correr, a cantar, a pôr toda a gente doida, a minha mãe a ter um esgotamento nervoso, porque toda a gente diz que ajuda e na verdade só come e come e come e mais nada!
Jesus! Que já me estou a babar toda só de pensar no que vou comer!
Até saí de casa, para não me atirar ao bacalhau, ainda cru!

Mentira, saí de casa para vir buscar o portátil e deixar aqui no eh pá, a mensagem que se impõe:


FELIZ NATAL, meus grandes queridos!!!!!!!!!!!!!!


segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Está-me a dar o badagaio.

De maneiras que nos próximos tempos só posso fumar 3 cigarros por dia.
Digo adeus até ao meu regresso, à sangria de champanhe e vinho tinto do Alentejo e ás morcelas e ás chouriças pretas, que são para todos, menos para mim,
Legumes e fruta, só desinfectadinhos e valha-me Deus, que pareço uma agarrada, com a privação da cafeína!
Pelos vistos, carne vermelha mal passada, só posso babar-me para cima dela, porque comê-la que é bom…

E queriam mandar a minha cadelinha para o exílio, durante os próximos tempos!
Desculpem lá, mas há limites para estas merdas e quando me dizem que tenho que empandeirar a minha Lenita, essa é a linha por onde traço os meus.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

E lá vai ele...

Levantou-se, tomou duche de 45 minutos, vestiu-se muito bonito, cabelinho todo arranjado e lavadinho, perfumou-se (em exagero), fez o pequeno almoço dele e o meu também, deu de comer à cadela, sentou-se no sofá, ligou a MTV e pegou no telemóvel:
“Tou, então, a que horas combinamos? Ás 11? E espero onde? Na Casa da Musica? Certo, Abraço, até já.”

Mããããeee!
Xiça, Gonçalo, estou aqui atrás.
Ah estás aí! Já combinei com o Freitas. Vou agora ter com ele à Casa da Musica e de lá seguimos para o Norte Shoping.
Ah, bom. E o que vão lá fazer?
Então, mãe, cenas várias… e vamos ao cinema também. Tu disseste que eu podia ir, não vais agora dizer que não!
Não, está tudo certo. Mas olha, menino, eu sou como Deus, estou em toda a parte! Pensas tu que eu estou no escritório e posso muito bem, estar atrás de ti, a ligar-te. Estás avisado, juízo e pensa que a qualquer momento, eu apareço.
Estás a gozar, não estás? Tu não vais andar atrás de mim, pois não?
Nunca se sabe.

Das três vezes que lhe liguei, ele, a sussurrar, perguntava imediatamente: “Diz-me por favor que não estás atrás de mim…”

A sogra.

A sogra do meu marido é a maior!
Ontem, quando passei em casa da sogra do meu marido, à minha espera estava um cesto cheio de batatas, nabiças, couves, massa, arroz, ovos caseiros, um tacho com Bacalhau à Gomes de Sá a fumegar, embrulhado em muitos jornais e panos, para fazer os 60 Km que o esperavam e chegar ao destino quentinho, chouriça preta, chouriça vermelha, marmelada, doce de abóbora, geleia, bolachas, feijão verde já partido e arranjado, grelos já todos arranjados, um pacote de manteiga, 5 litros de leite e acho que é tudo.
Mas ontem não foi um dia diferente dos outros.
Quase todos os dias, passo em casa da sogra do meu marido e trago o carro cheio de coisas boas e o jantarinho feito.
Ah, coisa boa! Dizem as pessoas.
É, não é? Digo eu.
Mas a sogra do meu marido não manda só coisas boas para comer.
A sogra do meu marido pergunta-me como foi o meu dia, ri-se à gargalhada com as palermices que lhe conto acerca das anormalidades que me acontecem, chora a par comigo quando estou na merda, berra-me indignada quando acha que passei os limites, liga-me passado uma hora de eu sair de casa dela, só para saber se cheguei bem, dá-me mimos, chama-me Raquelinha, põe-me o pijama a aquecer no radiador do aquecimento central quando durmo em casa dela, faz-me a cama com lençóis esticadinhos (ninguém faz uma cama como a sogra do meu marido)!
A sogra do meu marido faz ementas diferentes à mesma refeição, porque o genro gosta mais de batatas do que arroz e gosta de açorda e eu não e faz-lhe farinha de pau, que ninguém nunca mais lhe fez e manda o grão e o feijão verde que eu odeio, já tudo arranjadinho, porque o genro gosta muito e eu sou uma grande estúpida que não cozinho o que não como, mesmo sabendo que ele gosta tanto; E compra-lhe meias e cuecas e pijamas quentinhos e chama-lhe diminutivos carinhosos e liga-lhe em alturas de aflição e diz que ele é o homem mais bonito de todo o Portugal e que é muito generoso e bom marido e que cuida muito bem da filha dela e outras coisas!

A sogra do meu marido é a maior!
Todos gostavam de ter uma sogra como a sogra do meu marido… Até eu!

Péssoau:


sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Vamos falar no Natal, vamos? VAMOS?!?!?!

Vamos.
O que eu gosto de bacalhau cozido com batatas e couves e ovos e muito azeite e muito alho!
O que eu gosto da casinha da minha mãe e só a da minha mãe, mais nenhuma serve, só essa, mãe há só uma…

Ai Nossa Senhora do Menino Jueus, que já se me estava a resvalar a escrita… um perigo! E assim do nada, os meus dedos de pianista já corriam alegremente sobre o teclado em direcção ao abismo!
É que eu não escrevo sobre “esses” assuntos de quem é a melhor mãe do mundo… ui, xiu!
Siga!

E não segue nada, que já perdi a vontade de falar no Natal…

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Grelo, muito, mas muito combativo.



E a Rititi, (escrevo com este rosa, porque o blogger não disponibiliza a cor rosa cueca) mais uma vez, falou e disse!


terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Ai ca nerbos!!!!!!!!!!!!!!

Fim de semana merdoso, fora de casa esteve um briol que não se aguentava.
Decidi ficar enfiada em casa. Internem-me, internem-me que eu não estou bem!
Andei com os móveis ás costas, sofá para a frente, móvel para trás…
Não, para esquerda! agora mais para a direita, o quadro está torto, os pingarelhos da janela estão a cair! as merdas das ventosas não ficam coladas no sitio! O terceiro quadro está mais alto, tira outra vez! Caralho, que já lixei os dedos todos com os fios dos quadros! O sofá está mal, o espelho devia estar mais para cima… não devia nada, assim está bem. olha que não… olha que sim… olha que… Mas quem manda sou eu, fica assim! A parede beringela que não seca, a toalha de linho está toda cheia de vincos, a estúpida da empregada que não sabe passar linhos! A cadela enche tudo de pêlo! Não se sentem ainda, pá! Ó mãe já está bem! Não está nada, levanta lá e arrasta para a esquerda…

Ao menos o miúdo montou a árvore e decorou-a… quer dizer, atirou para cima dela tudo e mais alguma coisa, mas eu nem lhe toco, está muito bem, toda atafulhadinha, muito bem, que está!!!!

A minha amiga N. passou lá no feriado, á tarde, o meu fim de semana foi o que se viu, o dela, foi mais ou menos isto:

Várias horas em brutais rituais de acasalamento com macho bonito, engraçado e bem falante;
Festas de aniversário, copos e cenas.
Passa dois sinais vermelhos em plena cidade do Porto, é fiscalizada pela policia, que a persegue, com sirenes ligadas e a manda parar ao estilo do "COPS", para depois a deixar ir à vida dela, porque… “Ó Raquelinha o que me valeu foi que ele viu que eu estava a ser sincera, eu não sabia o que tinha feito…”
Pois, é sincera…
Era mentirosa, ficava sem carta!!!
Acorda com mensagem jocosa no telemóvel do macho viril…
A mãe é burlada em 400,00€…
E ainda ía a caminho de OUTRA festa de aniversário, com feijoada de gambas, copos e o caralho…

Hoje está toda desgraçada.
É bem feito!

Quem-madera!!!!!!

Hoje no site da TSF: Advogados do Estado queixam-se de pagamentos em atraso

Senhores jornalistas,
Os Senhores Advogados inscritos no Acesso ao Direito, NÃO SÃO ADVOGADOS DO ESTADO!!!
São Advogados, nomeados pelo Estado para patrocinar oficiosamente (vulgo, a troco de meia dúzia de tostões) os desgraçadinhos, os pobres e os oprimidos…

Os Senhores Advogados, do Estado, estão refastelados numas brutas cadeiras, nuns brutos escritórios, numas brutas instalações, dumas brutas Sociedades, a redigir uns brutos contratos, para o cliente, ESTADO…

… E esses, quer-me parecer, não se queixam de pagamentos em atraso, acham mesmo?!?!?!?!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Telefonema…


- Mãe!
- Diz.
- É este fim de semana que fazemos o decor do Nátáu?


... A sério, tirem-me deste filme!!!!!

Chegou o Natal ao meu escritório…

Primeira oferenda:
Uma vela preta, salpicada de brilhantes prateados, quadrada, grande, com quatro pavios.
Muito lindo.
O que é que eu faço com isto?
Dedico-me ao Luciferianismo, apago as luzes e embarco num culto ao vermelhusco, com sacrifício humano? Hummm… Olha… assim de repente…!

Raisparta…

Nunca mais é daqui a 30 anos, ou coisa assim, que sábado já não chega.

Desculpa, LM, és uma querida, mas não vou aceitar o teu desafio, porque o estado de alma nestes dias tem sido tão negro, tão tétrico, que tenho até tenho medo que saia uma coisa do género:

1. Mandar metade das pessoas que conheço para agrandeputaqueaspariu.
2. Insultar gravemente mais umas quantas;
3. Fazer a folha a outras que eu cá sei;
4. Desentalar a maior parte dos sapos que tenho engolido e que não vão nem para cima nem para baixo;
5. Marimbar-me em todos que se marimbam para mim.
6. Desatar aos gritos e mandar contra as paredes, tudo o que é cristal e louça lá de casa;
7. Espezinhar o télémóbel até dar cabo dele;
E por fim,
8. Apanhar uma bebedeira tão grande, mas tão grande, que nem saiba de que terra sou.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

... continuação.

A sujeita é uma autentica viúva porcina.
Quarenta e muitos, colares e anéis de ouro todos atafulhados uns em cima dos outros, mulher de empresário da construção civil (falido), dona de um buteco onde serve umas refeições à hora de almoço aos trolhas, gorda, cabelo comprido todo cheio de caracóis, maquilhagem exagerada, azul nos olhos e rosa choque nos lábios, vive à custa de créditos pessoais e financiamentos, há mais de 15 anos.
A casa de quatro andares em granito, está hipotecada ao banco e já não pagam a prestação (€ 1.500,00) há mais de 1 ano;
Os móveis (em Castanho muito bonitos) foram comprados por atacado, ao Sr. que faz móveis cá na terra, ás prestações, que já não são pagas há mais de sei lá quanto tempo;
Os bideos, as plaistaxius, os aparelhos de são da sone, a palaca de vidrocerámica, as arcas frigorificas, os aparelhos de quente, as têbês ás resmas, o frigorifico imbutido, tudo adquirido através daquelas simpáticas instituições que dão dinheiro já! Cujas prestações não são liquidadas vai para mais de não sei quantos meses.
Os sofás, em pele azul, (hán?!?!?) comprados na moviflor, a pagar aos bochechos 134635 meses sem juros, que tirando as primeiras duas ou três prestações, nunca mais pagou.
A têbêcabo, por satélite, lá vai pagando, para os meninos (umas lontras gordas e malcriadas) verem o Panda e o réstlingue.

Dela, só são os anéis e as voltas de ouro que eram da mãezinha que Deus tem e as peles de zebra que o Zeca trouxe de Angola. Ah e os dragões de cimento!

Tem uma quantidade absurda de penhoras em cima, deve dinheiro a toda a gente e mais um pobre e ficou indignada porque a puta da prima quer o dinheiro que lhe emprestou.

Quanto ao pedido que me fez a mim, bom… não vou sequer comentar.
Era tanto palavrão que tenho medo que esta merda vá toda com o caralho.

Eu nem estou em mim…

Entra-me a viúva porcina pelo gabinete dentro.
Ai Srª Drª, que é desta que eu morro! Ai que me querem levar tudo, a casa em granito de quatro andares, os dois dragões azuis que estão na entrada, o Audi àquatro do meu home, o meu gólfe, as gaiolas dos meus passarinhos, as dez têbês, as mobílias tão lindas em madeira da boa, é tudo em Castanho, Sra. Dra., é tudo em castanho! o bideo e as plaistaxius dos meninos, os meus anéis e as voltas em ouro da minha mãezinha, as garrafas de uísque do meu Zeca, os sofás em pele azuis, olhe que são quatro sofás, Sra. Dra. e eles querem levar-mos todos, os tapetes de pele de zebra que o meu Zeca trouxe de Angola, os copos em cristal que estão no móbel de bar, que também é em Castanho, Sr.ª Dr.ª, um móbel que é um luxo! E eles querem levar o móbel e também as placas de vidrocerámica, o frigorifico imbutido e as arcas congeladoras, os aparelhos de são (esta eu tenho que traduzir – “som”), o meu e os dos meninos, aparelhos de luxo, Sr.ª, Dr.ª, da sone! Até a têbêcabo me querem levar! Aqueles bandidos! Mais os aparelhos do quente, o que é que eu faço sem os aparelhos do quente, Sra. Dra.? A casa é em granito, faz muito frio, os lençóis até ficam com humidade, se eles me levam os aparelhos do quente os meninos nem conseguem dormir, óbalhamedeus! E p’ra mais, quer saber a ultima, quer saber? Aquela puta da minha prima que me emprestou € 1.000,00, está a dizer que quer o dinheiro, a grande báca! Para que é que ela quer o dinheiro, aquela filha duma grande puta? E diz que quer o dinheiro até amanhã! Aiiiiiiiiiiiiii o que é que eu faço à minha bida Srª Drª? Aiiiiiiiiiiiiiii, que eu morro, Aiiiiiiiiiiiiiiiii que me bai dar uma coisa, Aiiiiiiiiiiiiiii, Aiiiiiiiiiiiiiiiiii….

- Ó minha Srª, e o que é que quer que eu faça?

- Ai Sr.ª Dr.ª que a Sr.ª é uma Santinha, bai ter pena de mim, bai-me ajudar!

- Ó minha senhora, mas ajudá-la como?

- Aiiiiii Sr.ª. Dr.ª pela alminha dos seus abózinhos que Deus tem, pela saúdinha do seu menino, pela sua saúdinha, empreste-me € 1.000,00…

(Silêncio de estupefacção)

(continua… valha-me Nossa Senhora… continua)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

COMUNICADO OFICIAL DA GERÊNCIA DESTE ESPAÇO:

… CHEGA.

Advogada, no Grande Porto, oferece os seus serviços, a Empresa, Multinacional, Colectividade ou mesmo Associação Recreativa!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Façam de conta que eu estou no Cazaquistão.

Comprei umas cadeiras todas xpto para o escritório de minha casa.
Agora que já estou mais confortável, fiquei a trabalhar chet moi.
Sossego, eu só queria sossego…
Mas vem o miúdo, ó mãe então se estás em casa faz-me o lanche, e eu: Andor, vá fazer o lanche e deixe-me trabalhar.
Telefona o marido, ah e tal se estás em casa podias ir passear a cadela e eu, que não vou nada, porque estou a trabalhar e quando cá não estou como é?
Vem a empregada, e não sei quê, se está em casa fica já a saber, que é preciso detergentes e sacos para o aspirador;
Vem a cadela ganir baixinho a dizer que quer ir à rua;
Vem o puto outra vez a perguntar pelo fiambre;
E outra vez a empregada a dizer que já não há cilit bang;
E outra vez o marido a insistir na coisa da cadela…

Enfardo mais dois ou três bombons da Milka e três cubos de chocolate húngaro!

Encho o peito:

­– FAÇAM DE CONTA QUE EU NÃO ESTOU CÁ. ... e baixinho: “que caralho!”

Ó MÃE, DISSESTE CA…

Ó PORAMORDEDEEEEEEEEEEEEUS!

Contabilidade…

Inventário:
Quatro bombons Milka;
Uma tablete de chocolate, que veio da Ungria;
Seis ou sete cokies de chocolate, feitos na bimby, que deveriam ser para oferecer e não foram;
Uma caixa quase inteira de Ferrero Rocher;

Período de Tempo:
Durante o fim-de-semana.

Origem:
A neura diabólica.

Resultado:

Mais um kilo em cada cocha, grandiosas doses de nervos, choro matutino endoidecido, acompanhado de três ou quatro pontapés nas caixas dos sapatos, vernáculo pujante e em decibéis elevados, pancadaria brava na gaveta das camisolas, atafulhanço neurótico das calças, arremessadas para bem longe da minha vista, três quartos de hora sentada na cama à espera que houvesse um milagre…

Não houve.

Solução do problema:
"Vais passar fome da negra, ó sua grande besta!" – digo eu para mim mesma.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

(Post sem titulo, por manifesta falta de imaginação da dona do Blog)

Ando há já alguns dias com uma neura f****.
O que é? Não posso?
Não se vê, pela inconstância e disparidade nos temas dos posts, que sou neurótica, meio esquizofrénica e desencabrestada?

É publico que eu tenho mau feitio, que sou temperamental.
Ainda para mais, tenho o coração na boca e digo tudo como os malucos;
Uso o vernáculo mais do que devia, ás vezes quase como vírgula;
Sou desbocada e enfurecida!

Acho que sou boa gaija.
… Mas pelos vistos já fui melhor!

Nos tempos que correm, pelos vistos, ninguém está para levar com as neuras dos outros.
Mas, caralho, eu não tenho problema algum em levar com as neuras de algumas pessoas, é claro que não é com as neuras de todos, que eu não sou Santinha…
Mas já fumei maços e maços de cigarros “ao som” de neuras alheias.
Neuras provenientes dos mais variados quadrantes e provocadas pelas mais variadas filhas da putice da vida…

Há dramas que não se aguentam, mas caramba (para não dizer outra vez caralho) há-os de tal forma dramáticos, passando o pleonasmo, que, que remédio temos nós, senão ouvir e fumar cigarros sucessivos, até a outra pessoa deitar cá para fora aquilo que lhe vai na alminha e que tem que sair, ou então um gajo dá em louco…

Mas pelos vistos essa cena é demodé.
Hoje em dia é cada um por si e pontapé no fofo.

Hoje, na viagem para o Tribunal de Santa Maria da Feira (uuuuiiii o que havia para dizer sobre esse assunto, mas agora não posso), fui lavando a minha alminha com a única pessoa que nos dias que correm ainda tem paciência para me ouvir…

Bom, pode não ser por altruísmo e essas cenas, pode ser só porque passei as minhas férias ao telemóvel com ela, forneci-lhe paletes e paletes de diazepan, dei-lhe comida e dormida e muita porradinha psicológica, mas que me parece estar a resultar!
Porque, a menos que seja um milagre do menino Jesus de Praga, as coisas estão a compor-se e ela está firme e hirta como uma barra de ferro, até já faz piadas com emigrantes e tudo!!!!!

Bom, mas isto tudo para dizer o quê?
Lá está, já nem sei o que estou para aqui a dizer…
Olhem, never mind.

N. OBRIGADA, tá?

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Tadinho do jogador que é pequenino…

Três horas de futebol e eu com o síndrome vertiginoso em alta, que só podia estar sentada no sofá, de costas bem direitas.
Que remédio tive eu senão ver a bola.

A meio do jogo apercebo-me de uma coisa fantástica:
Quando estão os maluquinhos todos lá à frente à bufatada e ao pontapé a tentar marcar golo e os outros ao biqueiro e à murraça a tentar defender, há sempre um desgraçado que fica lá atrás, sozinho!

Coitado, parece que fez uma asneira e está de castigo, não pode brincar com os outros meninos…

Não sei que posição é, mas deve ser a pior, não?

(é claro que verbalizei esta minha, vamos lá, consideração acerca do “tadinho do jogador”, bom, de regresso só levei uns olhares fulminantes e acenos negativos de cabeça e também um "totó" dito baixinho e entre dentes, enfim… o domingo com síndrome vertiginoso e maratona de futebol é mesmo muito bom.)

Era uma palavrinha, era!

Mulher: Queria falar com a doutora.
Funcionário: Tem hora marcada?
Mulher: Era preciso?
Funcionário: Sim.
Mulher: Não marquei, era só uma palavrinha.
Funcionário: A doutora está em reunião.
Mulher: Eu espero.
Funcionário: Mas vai demorar.
Mulher: Não faz mal.

(…)
Funcionário: Está ali uma senhora…
Moi: Eu ouvi. Mas eu não posso atender. Estou a acabar a Contestação, não posso mesmo. Diz para vir amanhã, ás 15.00h.

(…)
Funcionário: Hoje não dá mesmo, tem que ser amanhã, por volta das 15.00h.
Mulher: Ah, mas é só mesmo uma palavrinha, é urgente.
Funcionário: O assunto está em tribunal?
Mulher: Não, mas vai estar.
Funcionário: Bom, mas Dr.ª Raquel só pode amanhã. Eu marco-lhe já e amanhã fala com calma, ok?
Mulher (com a voz já muito alterada): Olhe, prontos, deixe estar, esqueça!

(…)


Mulher a descer as escadas do prédio, aos berros ao telefone:
Estou? Néca? Fôda-se, ele num pode, mandou dezer que está ocupuada! Está armada em boua ou o caralho. Num há mais adebogados nesta terra? Bou ao do lado! Num quer atender, deve tár rica. Ondé o outro caralho, aquele careca, comé que se chama?
Ah, tá bem, bou lá agora. Eu depois ligo-te quando lá tibér e tu lês-lhe o contrato. Num saias dó pé do télémóbél, oubiste?

(…)

E pronto, fiquei a saber que afinal não era só uma palavrinha, era uma consulta telefónica para o Neca, que me iria ler um contrato ao telefone…

Olhe, minha senhora, vá com Deus.
Boa sorte Dr. T., que ela vai na sua direcção!!!!!!!!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

And now for something completely different...


Mas por que raio há-de uma fêmea (de qualquer idade), vestir umas calças de cintura descaída?
É muito lindo, não haja dúvida.
A ver-se o rêgo quando se sentam…
Ainda para mais, a grande maioria das mulheres a vestir este género de calças, são gordas e baixas.
Parecem uns xerifes dos desenhos animados, com as pernas muito curtinhas e a barriga estrangulada no cinto, a sair por tudo quanto é lado…

É vergonhoso.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Post sério - Parte II

Em sequência do post anterior, apraz-me dizer que sempre fui contra facilitismos e demasiada benevolência.
Como fui mãe aos 20, tive que multiplicar isso pelo menos por 4 vezes.
Daí ter posto o meu filho a estudar num colégio, de grande referência no Porto, que está no Ranking, pelas melhores razões e que me pareceu, na altura, que para além de ajudar o meu filho a ter hábitos de estudo e responsabilidade, ajudaria nesta senda que é, formar um ser humano em condições, nos tempos que correm.

O meu filho tem 13 e eu 33, de vez em quando é natural que confunda a mãe com outra gaja qualquer, mas eu sempre fiz muita questão que ele soubesse bem, a linha que separa a amizade entre pais e filhos e a puta da bandalheira.

Já lhe disse um milhão de vezes que eu sou mãe dele e não colega de escola.
E mesmo amiga, não será no sentido que atribuímos aos nossos amigos.
Eu não quero ser melhor amiga do meu filho! Para isso ele tem os pré-adolescentes como ele, isso é que é natural e dá saúdinha, caso contrário, dá em jovens adultos com graves complexo de Édipo.

Eu sou mãe dele e a minha obrigação é amá-lo incondicionalmente e zelar pelo bem estar e crescimento, pela formação, pelos valores e se isso implicar fazer-lhe a vida num inferno com castigos e ralhetes, meu amigo, lá terá que ser, é porque merece e só se perdem as que caírem no chão.

Bom, mas isso não invalida o que eu sinto pelo meu filho.
É meu filho! Amo-o mais que a vida, é a minha vida!
E acho o meu filho lindo de morrer, podia ser feio e eu dizia que ele era bonito na mesma, porque é meu filho, mas não, o meu filho é mesmo lindo!!
É puro, tem um sentido de humor invulgar e um coração de ouro.
Não pode ver animais abandonados, crianças em apuros, velhinhos sozinhos, é educadíssimo e ás vezes, demasiado adulto.

O meu filho sempre foi um menino muito especial, em relação aos afectos.
Vive intensamente as situações e fica tristíssimo quando lhe tiram o tapete ou o “ofendem”.

E isto tudo para dizer o quê, que isto até já perece um baby-blog!

Na semana passada notei que ele andava cabisbaixo, sisudo, tristonho e na quinta feira fui dar com ele metido na cama ás 7 da tarde, a chorar.

Pensei, “pronto, tirou negativa a alguma coisa.”

Não. Havia uma festa de anos de uns colegas da turma, no dia seguinte e ele foi o único menino a não ser convidado.
Perguntei-lhe se sabia porquê e ele disse que lhes tinha perguntado.
(É mesmo do meu filho! Quer dizer, apercebe-se que há uma festa, que não foi convidado e com a frontalidade que lhe é conhecida e pureza de coração, foi perguntar porque é que não tinha convite.)
Resposta: “Nós gostávamos que tu fosses, mas a minha mãe não deixa, porque no ano passado tivemos que te emprestar os resumos que fazíamos, para tu melhorares as notas.
A minha mãe não deixa que tu vás, porque não és bom aluno
.”

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Eu morri naquele instante.
Ver o meu filho a chorar, absolutamente consciente da puta da segregação que está a ser alvo, deu-me um nó na garganta tal, que não desatei a descabelar-me toda e chorar, porque não podia fazê-lo à frente dele.

Isto é a mais patente e flagrante prova da crise de valores que se faz sentir, meus amigos!

Queira Deus, que essa senhora nunca se arrependa da barbaridade que fez com o meu filho ao segregá-lo da forma mais violenta e castrante que imaginar, se pode.
Essa senhora não conhece o meu filho, que género de menino ele é, no entanto, porque não é aluno de 5's, colou-lhe um rótulo ediondo, como se ele fosse um marginal.

Deus permita que essa mãe não esteja a criar dois Hitlerzinhos, absolutamente convencidos que são os maiores do mundo, porque tiram 5 a tudo.
Nossa Senhora lhe valha quando esses meninos acordarem e descobrirem que o mundo não é só o cabrão do colégio e que a dignidade, não se mede ás notas e que há todo um planeta cheio de pessoas que nunca tiraram um 5 na puta da vida e que são seres humanos extraordinários!

Eu, que sou a mãe mais “vil”, nas palavras do meu filho, que como disse em cima não sou dada a facilitismos, nem benevolências, nem grandes confianças, só me apetece metê-lo debaixo da minha asa, aconchegá-lo e dizer-lhe que ele é um guerreiro e tem nome sonante, de Gonçalo, O GRANDE!

(Isso e partir a boca toda a essa senhora)

Post sério - Parte I


Há uns tempos, na caixa de comentários do blog da Rititi, e em relação a este post, deixei lá isto:

“É pá, eu tinha jurado a mim mesma que não ía cometer, NUNCA, a sandice de comentar no Blog da sôdona rititi.
É que ele há coisas que são sagradas, e tive sempre uma voz que me dizia: “não mexe, é só para ler”.
Bom, mas tenho vindo a acompanhar o desenrolar deste post e não resisti…
(corada de vergonha e com a cabeça levemente inclinada para baixo)
Apetece-me dizer:
Tenho lá em casa um rapaz de quase 13 anos, que me nasceu, tinha eu 20 anos e a meio da faculdade.
Foi sempre um desgraçado dum cigano, sempre a saltar de casa para o infantário, do infantário para casa dos avós, casa da tia, casa das tias, devidamente quitado com o saco do biberão, chupetas, gotas para as chupetas, leite em pó, papas enfrascadas e sopas encaixotadas. Mamou uns míseros dois meses nas minhas mamas e quer-me parecer que sempre apreciou mais o silicone do biberão.
Fartou-se de brincar com cães e gatos, comeu terra do jardim da minha mãe ás mãozadas, dormia onde aterrava, ás vezes no chão da sala, outras debaixo da mesa da cozinha, outras até, em duas cadeiras juntas, num qualquer restaurante.
Fartou-se de fazer coisas, ao longo destes quase 13 anos, que me põe a mim no top 10 das piores progenitoras de todo o Portugal, aos olhos de muito boa gente.
Tenho agora 33 e quando penso naquela altura até tremo. Fiz muitos sacrifícios por ele, mas santa paciência, ele também fez alguns por mim! E não ficou traumatizado, xiça, longe disso!
O rapaz cresceu até agora como um ser humano extraordinário (Ok, cheira mal quando chega do colégio, mas isso…), é absolutamente devoto a mim, tanto que ás vezes tenho que lhe lembrar que sou MÃE dele e não a gaja dele, nunca ficou doente com gravidade, é inteligente (OK é preguiçoso, mas duvido que isso seja do leite que não bebeu das minhas mamas ou dos kgs de terra que comeu em pequenino), excelente atleta, meigo, meigo, meigo, educadíssimo (não cospe para o chão, pede licença antes de entrar, trata os adultos por você, comporta-se devidamente em qualquer cenário possível).
Posso estar enganada, mas não me parece que vá crescer para se tornar num hooligan, ou que lhe desapareçam de repente as faculdades mentais, ou outra coisa qualquer que hoje se atribui à falta de leite da teta da mãe, ou à educação aciganada.
Muita gaja já me revirou os olhos, torceu o nariz e já tentou alvitrar em relação à criação da minha criancinha.
A essas normalmente eu faço-lhes o “dedo da asneira” (como diz o meu filho), ás vezes acompanhado pela língua de fora.

Desculpa, Rititi, a invasão do espaço e o comentário longo.
E agora, vou para casa lamber a minha cria e se calhar dar-lhe um ou outro calduço, pelas impertinências próprias da idade. (aiii vou aliviadinha!)”
...(continua no próximo post)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O que é que se passa, canudo?

Estou encerrada para obras dentro de meu gabinete, que é dentro de um escritório, que é dentro de um prédio, que é numa rua.
A esta hora costuma-se sentir o cheiro de frango no churrasco, da tasca aqui ao lado e de 5 em 5 minutos o Tóne a berrar com o cão.
O Tóne é o bêbado de serviço cá da rua e tem um cão chamado “Verde, Vinho verde”!
Bom, na verdade fui eu que lhe pus esse nome, porque o bicho chama-se Rex.
A partir das 7/8h da tarde, o Tóne, que já está pior que um camião, começa a berrar com o bicho…
Rex, ó Rex, anda cá ó dono, caralho!”
Nunca percebi porquê, mas é assim há muitos anos. O pobre do bicho quer é paz e sossego, mas o Tóne quer o Rex ó pé do dono… ai Deus, mas avante!

Bom, hoje eu não ouço nada.
Enquanto escrevo estas linhas não ouço mesmo nada!
Está tudo demasiado calmo. Se calhar houve uma explosão como no Jericó, ou lá como se chama aquela série em que eles ficam sozinhos numa cidade e o resto do mundo escafedeu-se.
Eu se calhar estou sozinha! É que não ouço nem o Tóne, nem cheira a pito chamuscado, quer dizer, frango no churrasco, nem ouço mesmo nada.
Até estou com medo!
É que hoje é noite do aloin! Nos filmes, tudo acontece nesta noite. E já está de noite, ó balhamedeus!
Será que uma legião de melancias acesas tomou conta do planeta?
Será que há uma data de zombies lá fora à minha espera para me fazer a folha?

Estou a ficar aterrorizada.
Vou berrar pelo Tóne aqui de cima, a ver se o gajo está lá em baixo ou já foi devorado (tipo pêra bêbada), por um primo em putrefacção do Michael Jackson.
Arggg
Detesto esta noite.

Bruxa! Eu sou uma bruxa nos pés!!!

Pré-Adolescente - Ó mãe, estás de Halloween!
Eu - A sério? Ó Gonçalo, não vês que o cabelo com a chuva encaracola todo e fica no ar! Pareço uma bruxa, é?
Pré-Adolescente – É, pareces, mas é nos pés!

Diz ele que estes botins tããããooooo liiiiindos, são “à bruxa”.
(?!?!?)
Suspiro…


Eu não resisto... a deixar cá isto (que até rima e tudo!)

São quase 4h.30m da madrugada e eu estou ainda a dar e louca com uma porcaria duma peça processual que me devia ter levado duas horas a fazer e já vai para mais de 4!
Mas como sou de impor prazos a mim própria, decidi que tinha que acabar isto HOJE.
Como tenho muita papelada para analisar, na vez de estar atafulhada no escritório, espalhei tudo na mesa da sala.

Problema: A minha cadela está endiabrada.
É de hábitos a bicha...

Para ela, trabalhar é no escritório.
Na Sala, das duas uma ou é para comer ou para giboiar no sofá.

Ora como eu não estou a trincar nada, a gaja deve pensar que eu tenho que estar é no sofá!

Então, anda aqui ás voltas, a chorar baixinho e a fazer a única habilidade que aprendeu até hoje, que é pedir!

A minha cadela está a pedir que eu saia da mesa da sala e vá para o sofá e a pedir a minha cadela põe-se nestas figuras:

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Eu mereço… (com suspiro de resignação)




(Urge referir, que eu só sou blogger since Março de 2008.)

Bom, andavam para aí uns prémios e eu, que não posso ver nada, fui ao Cabra de Serviço, meter o meu nariz judeu e perguntar o que aquilo era!
(Mas porque é que não fui cobiçar antes, um par de botas CH??!?!)

E vai daí, levei uma roda de imberbe do Shark, dei o flanco para ser saco de pancada e chacota virtual e até levei com um “Moooche à Racheeel”!!!

Mas “prontos”, recebi dois prémios!!
O Cabra de Serviço premiou-me com esses dois aí em cima.
Agora que cumpri a primeira formalidade, vou fazer-me de tolinha e fingir que não sei que é para atribuir a mais 15 blogues.

Credo! Ainda levava porrada da antiga!
Olhem meus grandes queridos, aqueles todos que estão nos meus links, os que sabem que estão e também os que não fazem puto de ideia, porque nunca ouviram falar, nem passaram por este magnifico blog, SINTAM-SE PREMIADOS, minha gentchi!

Agora, desunhem-se, mesmo sem saber.
Que eu vou sair de fininho… tic tic tic (isto são os meus passinhos apressados, a dar de frosques)




quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Ó pá, vocês agarrem-me...

Vou eu a sair do Metro e ouço:
“Olha, Olha”
E eu, olhei.
Prá frente, senão cais!”
Diz um imberbe, cheio de borbulhas no focinho, com ar enfezado.
E eu, baixinho:
“Ai, que ainda levas com a mala nas trombas”
“E tu ainda levas uma bem dada, ó boua!”
E eu:
“Tás parvo ou fazes-te, ó animal, eu podia ser tua mãe!”
E ele:
“E eu importado, amamentavas-me?”
E atrás os outros enfezadinhos todos a rirem, feitos parvos e eu naquelas figuras!!
Subiu-me a raiva e, e, e…
Fui-me embora.
A fumegar, a falar sozinha, uma autentica vergonha!
Cheguei a casa, dei dois pontapés na porta, um safanão ao cesto das molas, mandei abaixo três triângulos de Toblerone e se fosse mesmo rica, dava cabo da cristalada toda cá de casa, partia esta merda toda!

Ai se o pré-adolescente faz uma cena destas a alguém, eu dou-lhe tantas que o ponho todo negro.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Say What?!?!

Tenho "pingo do danriz".
Estou eu aqui muito quieta, a trabalhar, com duas dúzias de lenços de papel ao meu lado e entra o meu pré-adolescente (é verdade! já fez 13!), com uma caneca de chá quente na mão.
Ele - "Toma, mãe"
Eu - "Seja lá o que quer que me venhas pedir, a resposta é: NÃO!"
(...)
Vira as costas, ar de enfado:
"Xiça, és pior que a Frequência que pelos vistos é igual ao número de vibrações a dividir pelo tempo."
(...)
?!?!?!!?!?

O comentário que virou post…

O meu ilustre visitante Miguel, que faz o grande favor de me vir ler amiúde e comentar as baboseiras que escrevo, fez este comentário no post imediatamente aí em baixo: “Mercedes? afinal essa vida enriquece!!!”
E eu comecei a responder-lhe:
Miguel:
Só conduzo um Mercedes (que é do meu marido) quando a minha Mégáne (com acento no "e" e no "a") vai ao mecânico.
E ainda por cima, está mais do que provado, semana em que eu vá de Mercedola trabalhar, vou em grande estilo... mas ninguém me vem pagar!!!
”Para quê?” Perguntam essas bestas todas...
O marido é rico, o pai pode, a tia deu-lhe, a mãe ajuda, o padrinho abençoou-a...
espera aí, isto vai dar mas é um post...”


E vai dar mesmo.

Quando comecei a trabalhar conduzia um Opel Corsa, que era pau para a toda a obra, andava que se fartava, nunca me deixou ficar mal e já tinha direcção assistida!
Não raras vezes ouvi coisas deste género:
“Tem que trocar de carro, ó Drª (é preciso dizer, que a partir de uma certa altura da minha vida deixei de ter identidade e nome próprio, para ser tratada pelo Drª, que me encanita com’o´caraças, mas prosseguindo)! Tem que comprar um carro em condições!”
Ora, a mim, faz-me uma confusão desgraçada gastar dinheiro em grandes carros.
Porquê?
Primeiro, porque dantes era o meu pai que mos pagava, depois porque comecei a “herdá-los” e depois das heranças darem o berro adquiri, a pronto pagamento, a minha maravilhosa Renault Megane break, o primeiro carro que escolhi, por ser giro e dentro do preço, vá.
Carrinha, preta, com umas cenas cromadas e com uma mala que anda sempre atafulhada da mais variada tralha e ás vezes lixo.
Para mim, que faço 100Km por dia, o carro é um instrumento de trabalho, serve-me a mim e não eu a ele.
Ao meu marido não! É gajo, portanto.
Ui o carro!!!! Bom, é uma coisa sobre a qual nem vale a pena estar aqui a tecer considerações, os moços devem entender!
Mas ás vezes, a minha Mé-gá-ne lá tem que ir ao mecânico, fazer umas coisas que eu não sei bem o que são, mas que diz o meu marido que tem que ser.

E aí, lá vou eu de Mercedes!
C'a pinta!
C'a pinta, o tanas, que é badanas!
Porque mais valia ficar em casa, que o carro mama mais que o Tóne, que é o fulano que eu já defendi dezenas de vezes, sempre com taxas superiores a 3,0g/l.
E para além disso, como disse na resposta ao post, ninguém me vem pagar!!!

Quer dizer, primeiro, tinha que adquirir um automóvel que condissesse com a posição a que pelos vistos ascendi quando me tornei Drª, mas quando lá vou eu montada na máquina diabólica, o pessoal acha que já é demasiado e vai mas é gastar o dinheiro que seria suposto entregarem-me a titulo de honorários e provisões, em bifanas e cervejas!
Porque eu, que ando de Mercedes, que vá mas é ó Tota!

Ora assim não está bem, digo eu, assim não está NADA BEM!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Definitivamente. Eu não nasci para isto.

Recebi um telefonema que me deixou transtornada.
Irmã dum fulano que está preso, que foi meu cliente, mas cujo processo está findo e mais que findo e para mim está morto e enterrado.
A gaja aos berros, porque eu não fui vêr (sim, vêr) o irmão à prisão! E porque tem um café ao lado da Judiciária e que sabe bem como são as leis e que conhece muitos Advogados e que vai fazer queixa de mim à Ordem e porque torna e porque vira!
E quando eu lhe disse que ela não é minha cliente e que portanto não tenho nada que estar a falar com ela, desata num berreiro infernal que lá porque sou Advogada não sou mais do que ela e lá porque ando de Mercedes, não sou mais que ela e lá porque sou gira não sou mais que ela.
Ora façam-me um favor!!!!
Isto tudo porque pelos vistos há um grande fdp, no estabelecimento prisional, que faz procuradoria ilícita e que convenceu o meu cliente (que está preso por ter sido condenado pela vez por tráfico de droga), que tem que haver um "cúmulo"!!
Ora isto sim é que é o cúmulo.
Já lhes expliquei mil vezes que não há cúmulo nenhum, que são tudo reincidências.

Não fosse o meu receio pelas consequências, o que esta gaja merecia era que eu lhe agarrasse bem o gasganeto, assim bem apertadinho, puxá-la para mim e dizer-lhe ao ouvido: "nunca mais tenha a ousadia a desfaçatez, de me ligar aos berros, porque nem a minha mãe que me pariu tem esse direito, quanto mais uma desterrada, saída aí de uma toca qualquer!"
E depois, abaná-la bem abanadinha e dizer-lhe, "Vá lá: repeat after me e lentamente: reincidência, REINCIDÊNCIA!"
Estou um bocado farta.
Qualquer dia deixo isto. DE VEZ.

E hoje no Tribunal, a pandilha dos patetas (eu incluida) cantava isto:

Dia 8 de Novembro no Sá da Bandeira, aí vou eu, se Deus quiser!


quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Achavam MESMO, que eu ia fazer-vos a vontadinha, achavam?!?!!?

Sei que me vou repetir, mas parece que não aprendem, portanto, toca a bater na mesma tecla, eles e eu…

Reunião.
Dizem-me: Olha o Dress Code, olha o Dress Code, precisas vestir com rigor!

E eu: hum, hum…ãh, ãh
Então tomem lá com a minha mais nova aquisição:
Calaças de ganga escuras skiny, botim da miss sixty e camisola XL, com cinto XS em cima da camisola e apertar-me bem a cinturinha!!!! Cooollllll.

O que me haviam de pagar para parecer mais velha e feia!
Queriam fatinho completo e camisinha ás riscas…
Básicos do caraças.

PS: Atenção que não fico menos respeitável, ou a parecer menos credível e profissional, só não gosto da merda dos fatinhos, pá, é só isso!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Tenho pêlos atafulhados na traqueia.

Vai fazer dois anos que tenho uma cadela lá em casa.
É preciso dizer que quando para lá foi, estive a pontos de uma depressão, quase uma depressão pós parto.
Roeu-me de tudo, o estupor.
Um cadeirão antigo acabadinho de estofar, almofadas, o sofá, os cantos dos estofos das cadeiras da sala de jantar… e o que eu nunca lhe perdoarei, quase todos os meus sapatos da colecção de verão do ano passado!
Mas o raio da bicha é esperta. É insidiosamente esperta…
Conseguiu fazer com que todos e principalmente eu, se apaixonassem por ela, com aquele ar de pedinchona, a fazer-se de meiga, a estúpida…
E não é que conseguiu?
Agora já não a consigo recambiar para a casa dos meus pais, que é de onde nunca havia de ter saído, a desgraçada! Ainda se tivesse pedigree, ainda se fosse de “marca”, mas não!!! A gaja é pequenota, ruiva, com o ar mais rafeiro deste mundo e do outro também.

É que pamordedeus, estou FARTA DISTO, ouviste Léna? (sim, Lena com sílaba tónica no “e”, Léna), FARTA!
(A gaja chama-se Helen, mas para que a minha empregada pudesse chamar-lhe mais alguma coisa do que “bicha”, começamos a tratá-la por Lenita.)
Cadela, pára lá de te despelar toda, pára lá de largar pêlo como se não houvesse amanhã.
Dou em louca com a minha casinha cheia de bolas de pêlo nos cantos, na roupa, nas mantas, nas camas, nos sofás!
Raisparta a cadela! E agora dá-lhe para vir dormir para cima da minha almofada!
Cof Cof, tenho pêlos atafulhados na traqueia.

Não fosse o raio da bicha ter focinho de rua e ser um cruzamento entre o esquilo da idade do gelo e a raposa do “papuça e dentuça”, já estava era outra vez na quinta, só para aprender a não largar pêlo.

Olha ela aqui, toda refastelada na minha almofada, hoje de manhã.
Não acho isto normal...

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Considerações inuteis...

Lembrei-me agora de uma fantástica...
No jantar mencionado no post anterior, já lá para as duas da madrugada e com muita sangria de champanhe a mais, eis que começa a dar uma remix da musica "Take my breath away", musica do filme Top Gun (se é que se recordam...).

Ok, tudo certo, mas ás tantas, desatam os machos em considerações absolutamente inúteis acerca da remix, dos efeitos, das misturas, dos "ferrinhos" que adicionaram ao original... e começa a conversa a descambar para o momento do filme em que a música é apresentada.

E nisto, diz um amigo nosso, que embora com 33 anos tem a idade mental do meu pré-adolescente, já exaltado, quase aos berros:

"caralho, pá, esta musica é do stick, é do stick, caralho! então, turning and returning, achas que quê, é dos aviões, não? É do stick, fôda-se"

Fernandinho, Valha-nos Nossa Senhora, pá!

Remember Batô, 15 anos depois!



No sábado à noite o Vaskã, decidiu fazer um jantar temático!
Tema: “Remember Batô”
E lá fomos todos!
Primeiro fomos jantar ao Al Forno de Leça, regadinhos a sangria de Champanhe, para mais tarde ir ver o que se passa no Batô, 15 anos depois…

Para quem não é do Norte e faz o grande favor de ler as baboseiras que para aqui escrevo, será preciso dizer que o Batô é uma “Boite” emblemática da noite do grande Porto, mais propriamente, em Leça da Palmeira, que se mantém igual, há mais de 30 anos!
Ou seja, quando eu tinha 15 anos, já o Batô era um mito!
E continua…
Continua com ar de “Boite”, com um porteiro negro (o mesmo que me lembro de há 15 anos atrás), um senhor velhinho a vender umas senhas de pré pagamento à entrada, que dão direito a uma cervejola e até os empregados, na sua maioria são os mesmos.
O ambiente sempre foi um tanto decadente, claustrofobico e viciado.

Dantes, quando o Sócrates ainda não era Inginheiro e toda a gente fumava à fartazana, só se via bem, das cinturas para baixo - daí se calhar o sucesso de algumas pessoas com o sexo oposto - mas continuemos…

O Batô, “na minha altura” era frequentado por quem curtia “som da frente” e “Rock alternativo”.
Era quase uma seita, a seita do “cruz credo, fujam dos Ah-Ah e dos Modern Talking”, fujam a sete pés da música comercial

Bom, eu tinha lá estado há cerca de uma ano, mas não foi com o “meu” pessoal!
No sábado foi a loucura, decadente, mas A loucura!

Era ver os Drs e Inginheiros a abanar furiosamente ao som de The The, Cure, Clash, Talking Heads, Doors, Pixies, Violent Femmes, David Bowie, Metallica, U2 (do antigo), and so on, and so on…

A alturas tantas, tive até que fugir da pista, porque suas Exas., os gajos, decidiram desatar à mochada, ao som de “Killing in the name” dos Rage Against the Machine!!!
Era bonito de se ver, os sôtores o os senhores inginheiros e até magistrados judiciais, tudo à mochada!!!

Escusado será dizer que no domingo ninguém compareceu ao lanche, na esplanada do Transparente…
Estava tudo como se tivessem passado 15 camiões por cima de cada um!
Mas não, meu amigos, passaram foi 15 anos!
Ehehehehe

Eu estou fina!
Mas da próxima levo sapatilhas, que isto de dançar horas a fio, em cima de saltos de 15cm, isso sim, é que é dureza!

Então eu é que sou pirosa e tal, não é?!?!?!

Há uns tempos, dei boleia para o Porto a um amigo meu, que ía ver um concerto qualquer.
Durante a viagem, fomos ouvindo aquilo que o MP4 ía tocando.
Eis que, logo a seguir à “seven nation army” dos White Stripes “entrou” a “Butterflyz”, da Alicia Keys.

E foi o fim!

E que não se admite! E que me tinha por pessoa com bons gostos musicais! E que White Stripes está muito bem, mas que quem ouve disso não ouve Alicia Keys e que isto e que aquilo!

Lá tentei explicar que o meu MP4 é uma salgalhada, que quase tem vida própria, que ouço de tudo um pouco, que ainda não consegui catalogar as músicas no aparelhito, que é mais fácil pôr a tocar as musicas no aparelhito e ligá-lo ao rádio da Mégáne do que gravar CD´s piratas, etc, etc…
Mas o gajo não se calava!

Raisparta o gajo que não se calava com a cantilena!
Pois olha, ó menino, com que então quem ouve White Stripes não ouve Alicia Keys!?!?!
Então toma lá com o dueto improvável, ó caraças!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Isto já parece um teen-blog…

… mas tenho que cá deixar esta:

Filho: Ó mãe, hoje o Lopes começou a namorar!
Eu: Ai sim? Quem é?
Filho: Não conheces, não é do colégio.
Eu: E então?
Filho: Eles conheceram-se através de uma amiga nossa e houve logo ali uma ciência entre eles.
Eu: uma ciência?!?!
Filho, Ai, não, uma física, houve uma física, entre eles.
Eu: Uma física?!?!? (Gargalhada)
Filho: Oh , deixa lá, foi uma química, assim é que é, houve uma química entre eles.

(Filho entre dentes: confundo sempre, mas sabia que era o nome duma disciplina)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

E para mal dos meus pecados…

… é oficial! O meu pré-adolescente de quase 13 anos, é downhiller, ou downtowner, ou lá o que é.
Inscrito como Júnior, lá foram cerca de € 300,00, no equipamento básico de protecção (suspiro).
E ontem lá foi, descer montes e vales e também as escadas da praia do Molhe.
No final da aventura, que me deixou com uma ulcera nervosa, a conversa entre ele e um profissional dos seniores:

Júnior: Então e em relação ás bicicletas, a minha dá?
Sénior: Sim, para já serve na perfeição, tens que lhe dar ainda muita pancada.
Júnior: E depois, o que achas que devo comprar?
Sénior: Ó pá, eu tenho uma kona stinky, é perfeita!

!?!?!?!?!?!?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

E porque hoje é sexta feira,


Vou mas é mandar-me prá noite e abanar-me furiosamente ao som dessa chinfrineira que está a tocar, aí do lado, que eu cá não sou gaja de acalentar tristezas!

E numa reunião...



Eu, do lado dos bons, e dois rapazes do lado dos maus.
Os rapazes mais pareciam ter saído de uma daquelas séries de Advogados que dá nos canais da Fox.

Eram jeitosos, sim senhor, muito perfumados! (pergunto-me, como é que conseguem? Eram 6 da tarde, valha-me Deus! Perfumaram-se antes de entrar na reunião? Acabaram de sair do duche? Enfim…)

Armada a tenda na mesa:
Do lado deles, ele era canetas momblanc, pastas cerrutti, iphones, laptops da Apple, agendas com capas em pele, fatos impecáveis, gravatas de seda, cabelinho à deputado do PP, sapatos impecavelmente engraxados…

Do meu lado, um caderno, a agenda jurídica da Vida Económica, uma caneta azul “uni-ball”, um telemóvel e a minha proposta.

Confesso que estava a ficar desconcentrada e até impressionada com o manancial tecnológico e a apresentação visual dos rapazes, mas….

Eis que diz um deles: “O meu cliente não tem quaisqueres problemas em aceitar essa proposta…”

Bom,

“E mais do que isto é Jesus Cristo,que não sabia nada de finanças,nem consta que tivesse biblioteca”... (Fernando Pessoa)

Tomem lá disto.

Querem saber o significado do vosso nome, querem? Querem?
Então toca a clicar aqui.

Advirto, podem ficar surpreendidos.
A mim disseram-me que o meu nome é bíblico e que significa: “Fêmea do carneiro”…

… mas a fêmea do carneiro não é a CABRA?

Hummm… não sei, não.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

E porque nem sempre é dia de rir…

Ontem, acatei de Vergilio Ferreira, a seguinte frase:
“Chora aos berros como as crianças até te estafares. Verás que depois adormeces”

Chorei, aos berros, como uma criança, depois adormeci e hoje acordei muito melhor!

Não fossem os olhos inchados, que mais parecia um peixe, estava tudo muito bem…

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Mais um dia maravilhoso, ao serviço do Estado Português…


Estou eu a cuidar da minha vida e ligam-me do Tribunal:
- Tem que vir cá agora, temos arguidos detidos, é a Sr.ª que está de escala?
- Sou, para mal dos meus pecados! Vou já aí.
- Mas tem de ser já, o Sr. Juiz quer ouvi-los ainda de manhã.

Largo tudo, agarro num caderno, na agenda, a toga a arrastar pelo chão e passo largo.

Pensamentos durante o percurso, a pé, entre escritório e o Tribunal:
“Ó que grande pôrra e eu com tanta coisa para fazer e o Estado que me deve mais de € 5.000,00 de Nomeações Oficiosas e eu devia era ter partido as duas pernas quando escolhi esta vida, sim, porque foi por escolha, ninguém me obrigou… e tenho um monte de acções para meter e outras tantas para contestar e não sei o que vou fazer logo para o jantar e os livros do miúdo que ainda não chegaram e valha-me Deus! não deixei comida à cadela! ó que caneco, três carrinhas celulares, quantos gajos é que prenderam, catano? Estou lixada, vou passar aqui o dia todo… Olá Sr Manuel, tudo bem, a esposa? Tudo bem Sr. Dr.ª cumprimentos ao paizinho. Sim senhora, serão entregues… arf, arf, arf, para a próxima venho de elevador, estas escadas dão cabo de mim, tenho que deixar de fumar, arf, arf, arf, (PAM! Troçada na porta da secretaria) Já cá estou e magoei o braço nesta porta maldita, Ó Sr. secretário, tem que mandar arranjar isto! Ó Sr. Dra. deixe estar assim, é para toda a gente saber que já chegou! Pronto então muito bem, onde estão os meliantes? Vou lá dizer que já chegou.”

Atiro-me para cima da primeira cadeira uffffffffffffffff.

Vêm eles. São três. Todos iguais. Calças xxl, no fundo dos traseiros, a mostrar o belo do cuecame, boné na cabeça, piercings em todo o lado, imberbes, não têm mais que 18 anos.

Dentro da sala de audiências, todos alinhadinhos no banco, dirijo-me a eles:

Eu - Têm que tirar o boné.
(risos, muitos risos, olham uns para os outros, riem-se muito outra vez)
Meliante - Porquê?
Eu - Porque eu mandei.
Encosta-se para trás com ar de gozo e nada…
Eu - Tirem os bonés, sff.
Nada
Eu - Como é, é para hoje?
Meliante – É pra oije mas é ir imbora desta xoça! Num é perciso estar aqui com muita cumbérsa, bámos mas é resolber esta cena, quinda quero sair daqui a tempo do tacho.

Moral da história:
Todos os indivíduos têm direito a uma defesa digna e competente…
Mas uns têm mais do que outros.
Macacos do c*****.

terça-feira, 23 de setembro de 2008



Ontem, ao telefone com uma amiga, que já não vejo há uns meses valentes, contei-lhe como têm sido os últimos tempos e lá aproveitei para dizer mal da minha vida.
Parece (diz-me ela, que eu não dei por isso), que eu estive uns bons 45 minutos a lavar a alminha.
Diz-me ela também (que eu juro que não me lembro), que me deu a mesma resposta à mesma pergunta, umas 3 ou 4 vezes, e que eu, passado uns minutos, voltava ao mesmo... era como o outro: “…e ela a dar-lhe e a mula a fugir”

Ora, ela que é toda das psicologias, não foi de modas e como viu que metade do que me dizia, eu não ouvia, mandou-me um email com um texto duma psicóloga.
Subject: “O esgotamento. – Lê se fazes o favor e depois diz-me qualquer coisa."

Levantei o sobrolho e lá começo a ler, nhé nhé nhé, que a Drª não sei o quê, que é psicóloga e tem um mestrado em psicologia de não sei quantos, diz que “há um limite de elasticidade emocional”… e mais não sei o quê do stress, que pode ser um pau de dois bicos, porque “Se for adequadamente resolvido, o stress pode constituir um factor de motivação pessoal. Caso contrário, todo o corpo quebra, o físico e o psicológico"

E enquanto lia isto pensava: eu bem digo, é o Stress, é esse garanhão, as gajas se não andam já andaram ou vão andar com ele - e ria-me sozinha, ahahahahahahahah, que engraçada que eu sou, vou escrever isto no meu blog!!!

E continuo a ler: "Quando as falhas se tornam constantes e afectam a auto-estima do indivíduo, juntamente com a manifestação de outras perturbações psíquicas e físicas, ele pode estar a caminho do esgotamento."

...e aqui começo a pensar… espera aí, deixa lá ver isto como deve ser.
E inclino-me no portátil para ler melhor…

"Os primeiros sintomas dão azo a quei­xas vagas, tais como tonturas (humm…), palpitações (hum, hum..), falta de ar (Ok, pronto- check!), a sensação de ter um nó na garganta ou dores sem uma causa física (check.), principalmente na cabeça, abdómen, peito, costas e pernas (check! check! Check! Check! Check!)"

E continua: «Surgem também alterações do sono, que podem manifestar-se através de insónias (pois, isto eu tenho) ou sonolência excessiva (maaau), e alterações do peso (ai que caralho, tu queres ver…), podendo a pessoa emagrecer ou engordar (mas o que é isto? É que já foram à vida mais de 6 Kg e eu estava toda contente!!). Dá-se uma perda da energia vital, que se reflecte em desmotivação, apatia, preguiça e fadiga fácil (eh pá…)

E continua: «Consequentemente, assis­te-se a uma redução da perfor­mance psíquica, na capacidade de raciocínio, concentração e de tomar decisões, juntamente com falhas de memória e baixo desempenho sexual (ui, mas afinal… espera aí… ó que grande merda!).»

«Há uma maior propensão para estados de irritabilidade – a pessoa passa a ser menos tolerante a situações adversas (espera lá, então não é SÓ o meu mau feitio?). para distúrbios de ansiedade, apreensão contínua e medo sem uma causa específica"

Mas o melhor é Il grand finale:

"Mais tarde, estes sintomas agravam-se e o paciente manifesta um humor depri­mido, quase diariamente. Sente tristeza, angústia e pessimismo. A perda de inte­resse acentua-se e dá-se uma redução significativa do prazer obtido com a vida. A auto estima diminui consideravelmente e surgem sentimentos de culpa e ideias de suicídio, ou o não se importar com a sua morte. Todo o organismo fica debilitado e, no limite, o esgotamento pode conduzir à morte"

À Morte? À MORTE?!?!?!


Respondo à minha amiga por mail:

"Ó carbalhoo, eu até posso andar de raciocínio lento, a dormir duas horas por noite ou então a dormir 12 horas seguidas, com a cabeça a pesar duas toneladas, com um humor pior que o de um cão, intolerante e malcriada, desconcentrada e pessimista...
Mas metade destas merdas, justifica-se ou pelo meu mau feitio, ou pela neura das hormonas ou pelo simples facto de não me apetecer vergar a mola!!!
E mesmo que estivesse clinicamente esgotada, achas MESMO que melhor maneira de me dar uma mãozinha era mandar-me um email, como se fosses o cavaleiro do Apocalipse, ou o Nostradamus da psicologia???
É que digo-te uma coisa, se não estava esgotada, passei a estar e já sei, o resultado é das duas uma, ou rapo o cabelo, como a Britney ou vou quinar daqui a nada!
Oravaimaséparaocaralhinho e putaquepariu essa psicóloga gótica."

Xiça, eu levo com cada uma!!!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

"Cenas" do pré-adolescente de quase 13 anos que eu tenho lá em casa (parte III)

Eu – Olha lá, ó menino, já fizeste os trabalhos de casa?
Pré-Adolescente - Of Course, darling!
Eu - Mostra.
Pré-Adolescente - Estás tão linda hoje!
Eu - Mostra os trabalhos.
Pré-Adolescente - Esse vestido fica-te mesmo bem.
Eu - Mostra os trabalhos, Gonçalo!
Pré-Adolescente - Gosto bem mais de te ver assim de franja, pareces a Heidi Klum!
Eu - Mostra os trabalhos, Gonçalo, JÁ!
...
Pré-Adolescente - Ok, Ok, vou fazer agora…

(Zás, levou logo um calduço, para aprender.)

Pré-Adolescente - Bolas, mãe e os elogios, não contam como atenuante?

"Cenas" do pré-adolescente de quase 13 anos que eu tenho lá em casa (parte II)

Eu - O quê?? Desceste as escadas do prédio de bicicleta e SEM CAPACETE??
Mas tu estás doido? Queres cair e partir-te todo ou bater com a cabeçorra e ficar em coma o resto da vida, pá?

Pré-Adolescente - living wild... Mom... living wild!

"Cenas" do pré-adolescente de quase 13 anos que eu tenho lá em casa

Eu - Gonçalo, anda jantar!

Eu - Gonçalo, ANDA JANTAR!

Eu - GONÇALO ANDA JAAANTAAR!

Pré-Adolescente - Não posso, estou no Ramadão!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Para que não haja dúvidas - Isto não é um post feminista!


“Hoje em dia há muitos homens que se sentem intimidados por mulheres que são muito... mulheres. A presença feminina determinada, confiante e incisiva pode ser absolutamente aterrorizadora para homens que hoje vivem no século passado”

Li isto aqui, e fez-me lembrar que ando para cá deixar um post sobre isso, há já algum tempo.

No entanto, há que referir antes de tudo, que este blog não é dado a grandes dissertações e considerações extensas, com pretensiosismos de eloquência, sabedoria ou altivez.
Não.
É um blog simplório e tendencialmente adaptado às minhas, vamos lá, peripécias.
Ainda por cima, este tema é inesgotável, sendo que aqui vou só centrar-me na vertente da minha vida profissional.
(É que nem me atrevo a tecer qualquer consideração acerca disto, na vertente caseira, xiça!)

Depois de alguma e não foi preciso muita, reflexão, cheguei à conclusão que compito directamente com os homens, quer dizer com os homens não, com os gajos mesmo.

Andei eu convencida, ainda durante vários anos, que as gajas é que são invejosas, egoístas, ambiciosas e o meu adversário directo.
Mil perdões, estou a pontos de auto-flagelação, por semelhante injustiça!

Agora, estou plenamente convencida, que afinal elas invejam, quando muito, os meus sapatos ou as minhas carteiras, mas profissionalmente estão-se literalmente a borrifar para mim.
Na verdade, eu para elas também, no bom sentido, claro está.
Não me atrapalham, não me afligem.
E minhas amigas, sejam egoístas e ambiciosas à força toda!

A inveja e a soberba que os machos acalentam das fêmeas, é efectivamente muito superior e principalmente, mais perniciosa.
É com sobranceria, altivez e mecanismos de auto-defesa que se traduzem, invariavelmente, em ataques de mau tom, má educação e falta de formação, que os gajos “que hoje, vivem no século passado”, se defendem daquilo que não conseguem descortinar e que não é um ataque.
Eles pensam que é um ataque. Mas não é.

Mas por que raio, há-de um gajo pensar que quando eu sou “parte contrária”, estou munida de uma estratégia sinistra e bem congeminada (entre tachos e panelas, claro está), contra a pessoa dele, ou até contra o seu património?!?!?!?!

Ó amigos, eu SÓ estou aqui para trabalhar!
Eu SÓ estou aqui para fazer pela vida!
Agora, se ao fazer pela vida, tiver o saber, o engenho, a arte e o conhecimento necessário para alcançar objectivos elevados, tanto melhor! É porque me empenhei, é porque estudei, é porque trabalhei como o caraças, pá!
A que propósito hão-de vocês pensar que foi para vos quilhar a vida?
Eu quero lá saber da vossa vida para alguma coisa!
Eu nem reparo na vossa existência, quanto mais condicionar a minha, em prol da vossa desgraça…

Get a grip, ma mén.

Mas atenção, eu não tenho problema NENHUM com os homens e isto não é um post feminista!

Há-os bem resolvidinhos, corteses, bem-educados, solícitos, amigos e muito respeitadores do trabalho das colegas mulheres.

Agora, esses jovens adultos do sexo masculino, mal formados, com graves complexos de Édipo mal resolvidos, esquizofrénicos, deprimidos, mal casados, mal f**** e mal pagos.
Esses sim são piores que pragas de gafanhotos.

Uma mulher bem resolvida, confiante, segura e bem sucedida, está para esses fulanos, como as torres gémeas estiveram para o Bin:
Toca a manda-las abaixo!
(Ás vezes até num sentido estritamente sexual, o que também é extremamente insultuoso.)

A confiança, a segurança e o sucesso feminino, por regra, para os Édipos desta vida, tem uma, no máximo duas, explicações.
“A gaja abriu as pernas” ou
“Teve sorte, a cabra, eu digo-lhe como é, da próxima vez”.

Esses, os que ainda não conseguiram alcançar a confiança suficiente para bater de frente com uma mulher, sem subestimar, menosprezar e até gozar descaradamente, precisamente com o seu género (feminino), esses gajos é bater-lhes com um gato morto até ele miar, pôrra!

É que são gajos desses que, numa rodinha de machos, mas perto o suficiente da fêmea, dizem em tom de desabafo, mas com o propósito de nos esfregar com isso no focinho:

“É pá, é só gajas, elas agora são mais que as mães”.
Como se, de repente, tivessem aberto as portas das cozinhas e das sanzalas e o mercado de trabalho (principalmente aquele em que me incluo), tivesse sido inundado de ex-sopeiras, ex-mães, ex-esposas, ex-escravas…

Isto faz-me revolver as entranhas, como se estivesse um alien a rebentar de dentro para fora de mim.
Bolas, é que a razão é até bastante simples: nós somos mais em número, é só isso!
E é claro que agora se vêm mais mulheres! Então, se para cada homem, há 7!!!

Quer dizer, aproveitar o facto de estatisticamente haver 7 mulheres para cada homem, para exercitar e pôr em pratica o enxifranço sucessivo, o galanço brutamentes ou o papanço desmedido, tudo bem, os senhores batem palmas e até de pé se for preciso!

Mas, se à volta de cada gajo, há 7 gajas a querer SÓ trabalhar, sentem-se ultrajados, dá-se-lhes a fúria e desatam a marcar território como um cão com raiva, a bradar aos sete ventos que “calma lá que isto não é o Brasil e a conversa ainda não chegou à cozinha”!

Decidam-se.
Coerência meus amigos, coerência.
Rachel dixit.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Rescaldo do Red Bull - Parte II

A alturas tantas, referindo-se ao vencedor da corrida, o Pedro Murinho diz isto:

"Hannes Arch, o ex-rookie, que é o nome que se dá a quem deixou de ser rookie."

!?!?!?!
... (suspiro)

No rescaldo do Red Bull Air Race, eu tenho algumas considerações a fazer:



Deixo bem claro, desde já, que não acho piada rigorosamente nenhuma à corrida da Red Bull.

Mas ainda que um bocadito contrariada, fui ontem assistir à prova, em local privilegiado na margem de Gaia, com convite e free pass para a zona VIP, a convite gentil da Câmara Municipal.


Bom, tirando a paisagem que era breath taking, da minha bela e mui nobre cidade Invicta, aquilo pareceu-me, no mínimo, fraquinho.


Eu sei que “Air Race” quer dizer “corrida aérea”.

E também sei que é à competição que se assiste.


Mas com franqueza, eu sou do tempo do Top Gun!

Quando vejo aviões a fazer piruetas no ar a ultima coisa que vem à ideia são gajos já entradotes e todos feios (com excepção do vencedor, que não era entradote… mas que era feio).

Então, de que é que eu gostei? (Tirando as sandes de panado de frango que estavam bem boas)


Dos ASAS DE PORTUGAL!!!!!

É que para além de os aviões, todos pintados com as cores da bandeira lusa, passarem por cima das nossas cabeças em voo rasante de fazer arrepiar a espinha, lá dentro vão ….

Estas brasas!!!!!




De modo que, voltei para casa toda arrepiada, em pleno flash back e fiquei a cantar até à noite:

“Highway to the Danger Zone
Ride into the Danger Zone”


Tirem lá uns minutinhos e assistam a estes belos espécimes lusitanos, a verdadeira simbiose entre a máquina e o Homem!







quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Dá-me vontade de desatar à “bufatada”.



Mas por que raio, in the name of God, não hei-de eu poder (dever) vir trabalhar, metida dentro dum belo par de calças de ganga, carbalho? (imagem real em cima)

What the fuck, têm os meus colegas com isso?

What the hell, querem que lhes responda, quando me perguntam: “Não tens um parzinho de calças condizente com a tua profissão?”

(Suspiro!!) GET A LIFE!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Aleluia! ALELUIA!

E de modos que GANHEI a acção que, de Abril a Julho, me pôs à beira da loucura…
O que vale é que eu não sou dada a depressões, quando muito, são depressinhas, porque senão, a esta altura, estaria a babar-me para cima duma camisa-de-forças, numa casa de repouso para maluquinhos.

Foi o julgamento com mais sessões e com maior número de incidentes vergonhosos, que já tive.
E que, se Deus quiser, alguma vez terei.

É claro que aqui no “Eh pá”, não vou relatar os pormenores técnico-jurídicos ou o cariz da acção, ou até como e em que modos a mesma foi ganha, porque este blog não serve para essas coisas.

Só aqui deixo este post, porque situações houveram, que extravasaram (e muito), o plano profissional.
Coisas do género:
Na véspera ou mesmo no dia de mais uma sessão de julgamento, o meu carro era sujeito aos mais variados actos de vandalismo;
Ou mesmo, as cartas “anónimas” que recebi no escritório, chamando-me a mim e à minha mãe nomes muito feios e congratulando o facto de o meu pai ter passado metade do ano no IPO;

E é claro, que os energúmenos que me riscaram o carro todinho, os camelos que me roubaram as antenas ou as bestas que me escreveram, a coberto do anonimato, coisas como: “grande puta”, “filha da puta” e “espero que o teu pai morra amanhã”, não vão ler este post.

Mas de qualquer forma,
Senhores e senhoras, que infernizaram a minha vida durante os últimos meses, a minha amiga Madonna, tem um recadinho para vocês:



sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A minha irmã vai casar...

Liga-me ela hoje, toda eufórica, porque tinha decidido (finalmente!!!!) como seria o bolo de noiva...
Depois diz-me que "o que está a dar" são bolos de vários andares, com as figurinhas dos noivos em cima.

Penso eu: o quêêê??????????? Noivinhos????

No final da conversa pediu-me, para eu ir procurando também, uns "noivinhos" para o bolo.

Eh pá! Olha logo a mim, que Deus me perdoe e a minha rica irmãzinha também, mas que ando a modos que um pouco agastada, com estes coisas dos casamentos!

Mas lá lhe disse: "Ó Inês, eu procuro, claro que procuro, então não procuro..."

Mandei-lhe estes:





Diz ela que não gostou!