quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Telefonema…


- Mãe!
- Diz.
- É este fim de semana que fazemos o decor do Nátáu?


... A sério, tirem-me deste filme!!!!!

Chegou o Natal ao meu escritório…

Primeira oferenda:
Uma vela preta, salpicada de brilhantes prateados, quadrada, grande, com quatro pavios.
Muito lindo.
O que é que eu faço com isto?
Dedico-me ao Luciferianismo, apago as luzes e embarco num culto ao vermelhusco, com sacrifício humano? Hummm… Olha… assim de repente…!

Raisparta…

Nunca mais é daqui a 30 anos, ou coisa assim, que sábado já não chega.

Desculpa, LM, és uma querida, mas não vou aceitar o teu desafio, porque o estado de alma nestes dias tem sido tão negro, tão tétrico, que tenho até tenho medo que saia uma coisa do género:

1. Mandar metade das pessoas que conheço para agrandeputaqueaspariu.
2. Insultar gravemente mais umas quantas;
3. Fazer a folha a outras que eu cá sei;
4. Desentalar a maior parte dos sapos que tenho engolido e que não vão nem para cima nem para baixo;
5. Marimbar-me em todos que se marimbam para mim.
6. Desatar aos gritos e mandar contra as paredes, tudo o que é cristal e louça lá de casa;
7. Espezinhar o télémóbel até dar cabo dele;
E por fim,
8. Apanhar uma bebedeira tão grande, mas tão grande, que nem saiba de que terra sou.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

... continuação.

A sujeita é uma autentica viúva porcina.
Quarenta e muitos, colares e anéis de ouro todos atafulhados uns em cima dos outros, mulher de empresário da construção civil (falido), dona de um buteco onde serve umas refeições à hora de almoço aos trolhas, gorda, cabelo comprido todo cheio de caracóis, maquilhagem exagerada, azul nos olhos e rosa choque nos lábios, vive à custa de créditos pessoais e financiamentos, há mais de 15 anos.
A casa de quatro andares em granito, está hipotecada ao banco e já não pagam a prestação (€ 1.500,00) há mais de 1 ano;
Os móveis (em Castanho muito bonitos) foram comprados por atacado, ao Sr. que faz móveis cá na terra, ás prestações, que já não são pagas há mais de sei lá quanto tempo;
Os bideos, as plaistaxius, os aparelhos de são da sone, a palaca de vidrocerámica, as arcas frigorificas, os aparelhos de quente, as têbês ás resmas, o frigorifico imbutido, tudo adquirido através daquelas simpáticas instituições que dão dinheiro já! Cujas prestações não são liquidadas vai para mais de não sei quantos meses.
Os sofás, em pele azul, (hán?!?!?) comprados na moviflor, a pagar aos bochechos 134635 meses sem juros, que tirando as primeiras duas ou três prestações, nunca mais pagou.
A têbêcabo, por satélite, lá vai pagando, para os meninos (umas lontras gordas e malcriadas) verem o Panda e o réstlingue.

Dela, só são os anéis e as voltas de ouro que eram da mãezinha que Deus tem e as peles de zebra que o Zeca trouxe de Angola. Ah e os dragões de cimento!

Tem uma quantidade absurda de penhoras em cima, deve dinheiro a toda a gente e mais um pobre e ficou indignada porque a puta da prima quer o dinheiro que lhe emprestou.

Quanto ao pedido que me fez a mim, bom… não vou sequer comentar.
Era tanto palavrão que tenho medo que esta merda vá toda com o caralho.

Eu nem estou em mim…

Entra-me a viúva porcina pelo gabinete dentro.
Ai Srª Drª, que é desta que eu morro! Ai que me querem levar tudo, a casa em granito de quatro andares, os dois dragões azuis que estão na entrada, o Audi àquatro do meu home, o meu gólfe, as gaiolas dos meus passarinhos, as dez têbês, as mobílias tão lindas em madeira da boa, é tudo em Castanho, Sra. Dra., é tudo em castanho! o bideo e as plaistaxius dos meninos, os meus anéis e as voltas em ouro da minha mãezinha, as garrafas de uísque do meu Zeca, os sofás em pele azuis, olhe que são quatro sofás, Sra. Dra. e eles querem levar-mos todos, os tapetes de pele de zebra que o meu Zeca trouxe de Angola, os copos em cristal que estão no móbel de bar, que também é em Castanho, Sr.ª Dr.ª, um móbel que é um luxo! E eles querem levar o móbel e também as placas de vidrocerámica, o frigorifico imbutido e as arcas congeladoras, os aparelhos de são (esta eu tenho que traduzir – “som”), o meu e os dos meninos, aparelhos de luxo, Sr.ª, Dr.ª, da sone! Até a têbêcabo me querem levar! Aqueles bandidos! Mais os aparelhos do quente, o que é que eu faço sem os aparelhos do quente, Sra. Dra.? A casa é em granito, faz muito frio, os lençóis até ficam com humidade, se eles me levam os aparelhos do quente os meninos nem conseguem dormir, óbalhamedeus! E p’ra mais, quer saber a ultima, quer saber? Aquela puta da minha prima que me emprestou € 1.000,00, está a dizer que quer o dinheiro, a grande báca! Para que é que ela quer o dinheiro, aquela filha duma grande puta? E diz que quer o dinheiro até amanhã! Aiiiiiiiiiiiiii o que é que eu faço à minha bida Srª Drª? Aiiiiiiiiiiiiiii, que eu morro, Aiiiiiiiiiiiiiiiii que me bai dar uma coisa, Aiiiiiiiiiiiiiii, Aiiiiiiiiiiiiiiiiii….

- Ó minha Srª, e o que é que quer que eu faça?

- Ai Sr.ª Dr.ª que a Sr.ª é uma Santinha, bai ter pena de mim, bai-me ajudar!

- Ó minha senhora, mas ajudá-la como?

- Aiiiiii Sr.ª. Dr.ª pela alminha dos seus abózinhos que Deus tem, pela saúdinha do seu menino, pela sua saúdinha, empreste-me € 1.000,00…

(Silêncio de estupefacção)

(continua… valha-me Nossa Senhora… continua)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

COMUNICADO OFICIAL DA GERÊNCIA DESTE ESPAÇO:

… CHEGA.

Advogada, no Grande Porto, oferece os seus serviços, a Empresa, Multinacional, Colectividade ou mesmo Associação Recreativa!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Façam de conta que eu estou no Cazaquistão.

Comprei umas cadeiras todas xpto para o escritório de minha casa.
Agora que já estou mais confortável, fiquei a trabalhar chet moi.
Sossego, eu só queria sossego…
Mas vem o miúdo, ó mãe então se estás em casa faz-me o lanche, e eu: Andor, vá fazer o lanche e deixe-me trabalhar.
Telefona o marido, ah e tal se estás em casa podias ir passear a cadela e eu, que não vou nada, porque estou a trabalhar e quando cá não estou como é?
Vem a empregada, e não sei quê, se está em casa fica já a saber, que é preciso detergentes e sacos para o aspirador;
Vem a cadela ganir baixinho a dizer que quer ir à rua;
Vem o puto outra vez a perguntar pelo fiambre;
E outra vez a empregada a dizer que já não há cilit bang;
E outra vez o marido a insistir na coisa da cadela…

Enfardo mais dois ou três bombons da Milka e três cubos de chocolate húngaro!

Encho o peito:

­– FAÇAM DE CONTA QUE EU NÃO ESTOU CÁ. ... e baixinho: “que caralho!”

Ó MÃE, DISSESTE CA…

Ó PORAMORDEDEEEEEEEEEEEEUS!

Contabilidade…

Inventário:
Quatro bombons Milka;
Uma tablete de chocolate, que veio da Ungria;
Seis ou sete cokies de chocolate, feitos na bimby, que deveriam ser para oferecer e não foram;
Uma caixa quase inteira de Ferrero Rocher;

Período de Tempo:
Durante o fim-de-semana.

Origem:
A neura diabólica.

Resultado:

Mais um kilo em cada cocha, grandiosas doses de nervos, choro matutino endoidecido, acompanhado de três ou quatro pontapés nas caixas dos sapatos, vernáculo pujante e em decibéis elevados, pancadaria brava na gaveta das camisolas, atafulhanço neurótico das calças, arremessadas para bem longe da minha vista, três quartos de hora sentada na cama à espera que houvesse um milagre…

Não houve.

Solução do problema:
"Vais passar fome da negra, ó sua grande besta!" – digo eu para mim mesma.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

(Post sem titulo, por manifesta falta de imaginação da dona do Blog)

Ando há já alguns dias com uma neura f****.
O que é? Não posso?
Não se vê, pela inconstância e disparidade nos temas dos posts, que sou neurótica, meio esquizofrénica e desencabrestada?

É publico que eu tenho mau feitio, que sou temperamental.
Ainda para mais, tenho o coração na boca e digo tudo como os malucos;
Uso o vernáculo mais do que devia, ás vezes quase como vírgula;
Sou desbocada e enfurecida!

Acho que sou boa gaija.
… Mas pelos vistos já fui melhor!

Nos tempos que correm, pelos vistos, ninguém está para levar com as neuras dos outros.
Mas, caralho, eu não tenho problema algum em levar com as neuras de algumas pessoas, é claro que não é com as neuras de todos, que eu não sou Santinha…
Mas já fumei maços e maços de cigarros “ao som” de neuras alheias.
Neuras provenientes dos mais variados quadrantes e provocadas pelas mais variadas filhas da putice da vida…

Há dramas que não se aguentam, mas caramba (para não dizer outra vez caralho) há-os de tal forma dramáticos, passando o pleonasmo, que, que remédio temos nós, senão ouvir e fumar cigarros sucessivos, até a outra pessoa deitar cá para fora aquilo que lhe vai na alminha e que tem que sair, ou então um gajo dá em louco…

Mas pelos vistos essa cena é demodé.
Hoje em dia é cada um por si e pontapé no fofo.

Hoje, na viagem para o Tribunal de Santa Maria da Feira (uuuuiiii o que havia para dizer sobre esse assunto, mas agora não posso), fui lavando a minha alminha com a única pessoa que nos dias que correm ainda tem paciência para me ouvir…

Bom, pode não ser por altruísmo e essas cenas, pode ser só porque passei as minhas férias ao telemóvel com ela, forneci-lhe paletes e paletes de diazepan, dei-lhe comida e dormida e muita porradinha psicológica, mas que me parece estar a resultar!
Porque, a menos que seja um milagre do menino Jesus de Praga, as coisas estão a compor-se e ela está firme e hirta como uma barra de ferro, até já faz piadas com emigrantes e tudo!!!!!

Bom, mas isto tudo para dizer o quê?
Lá está, já nem sei o que estou para aqui a dizer…
Olhem, never mind.

N. OBRIGADA, tá?

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Tadinho do jogador que é pequenino…

Três horas de futebol e eu com o síndrome vertiginoso em alta, que só podia estar sentada no sofá, de costas bem direitas.
Que remédio tive eu senão ver a bola.

A meio do jogo apercebo-me de uma coisa fantástica:
Quando estão os maluquinhos todos lá à frente à bufatada e ao pontapé a tentar marcar golo e os outros ao biqueiro e à murraça a tentar defender, há sempre um desgraçado que fica lá atrás, sozinho!

Coitado, parece que fez uma asneira e está de castigo, não pode brincar com os outros meninos…

Não sei que posição é, mas deve ser a pior, não?

(é claro que verbalizei esta minha, vamos lá, consideração acerca do “tadinho do jogador”, bom, de regresso só levei uns olhares fulminantes e acenos negativos de cabeça e também um "totó" dito baixinho e entre dentes, enfim… o domingo com síndrome vertiginoso e maratona de futebol é mesmo muito bom.)

Era uma palavrinha, era!

Mulher: Queria falar com a doutora.
Funcionário: Tem hora marcada?
Mulher: Era preciso?
Funcionário: Sim.
Mulher: Não marquei, era só uma palavrinha.
Funcionário: A doutora está em reunião.
Mulher: Eu espero.
Funcionário: Mas vai demorar.
Mulher: Não faz mal.

(…)
Funcionário: Está ali uma senhora…
Moi: Eu ouvi. Mas eu não posso atender. Estou a acabar a Contestação, não posso mesmo. Diz para vir amanhã, ás 15.00h.

(…)
Funcionário: Hoje não dá mesmo, tem que ser amanhã, por volta das 15.00h.
Mulher: Ah, mas é só mesmo uma palavrinha, é urgente.
Funcionário: O assunto está em tribunal?
Mulher: Não, mas vai estar.
Funcionário: Bom, mas Dr.ª Raquel só pode amanhã. Eu marco-lhe já e amanhã fala com calma, ok?
Mulher (com a voz já muito alterada): Olhe, prontos, deixe estar, esqueça!

(…)


Mulher a descer as escadas do prédio, aos berros ao telefone:
Estou? Néca? Fôda-se, ele num pode, mandou dezer que está ocupuada! Está armada em boua ou o caralho. Num há mais adebogados nesta terra? Bou ao do lado! Num quer atender, deve tár rica. Ondé o outro caralho, aquele careca, comé que se chama?
Ah, tá bem, bou lá agora. Eu depois ligo-te quando lá tibér e tu lês-lhe o contrato. Num saias dó pé do télémóbél, oubiste?

(…)

E pronto, fiquei a saber que afinal não era só uma palavrinha, era uma consulta telefónica para o Neca, que me iria ler um contrato ao telefone…

Olhe, minha senhora, vá com Deus.
Boa sorte Dr. T., que ela vai na sua direcção!!!!!!!!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

And now for something completely different...


Mas por que raio há-de uma fêmea (de qualquer idade), vestir umas calças de cintura descaída?
É muito lindo, não haja dúvida.
A ver-se o rêgo quando se sentam…
Ainda para mais, a grande maioria das mulheres a vestir este género de calças, são gordas e baixas.
Parecem uns xerifes dos desenhos animados, com as pernas muito curtinhas e a barriga estrangulada no cinto, a sair por tudo quanto é lado…

É vergonhoso.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Post sério - Parte II

Em sequência do post anterior, apraz-me dizer que sempre fui contra facilitismos e demasiada benevolência.
Como fui mãe aos 20, tive que multiplicar isso pelo menos por 4 vezes.
Daí ter posto o meu filho a estudar num colégio, de grande referência no Porto, que está no Ranking, pelas melhores razões e que me pareceu, na altura, que para além de ajudar o meu filho a ter hábitos de estudo e responsabilidade, ajudaria nesta senda que é, formar um ser humano em condições, nos tempos que correm.

O meu filho tem 13 e eu 33, de vez em quando é natural que confunda a mãe com outra gaja qualquer, mas eu sempre fiz muita questão que ele soubesse bem, a linha que separa a amizade entre pais e filhos e a puta da bandalheira.

Já lhe disse um milhão de vezes que eu sou mãe dele e não colega de escola.
E mesmo amiga, não será no sentido que atribuímos aos nossos amigos.
Eu não quero ser melhor amiga do meu filho! Para isso ele tem os pré-adolescentes como ele, isso é que é natural e dá saúdinha, caso contrário, dá em jovens adultos com graves complexo de Édipo.

Eu sou mãe dele e a minha obrigação é amá-lo incondicionalmente e zelar pelo bem estar e crescimento, pela formação, pelos valores e se isso implicar fazer-lhe a vida num inferno com castigos e ralhetes, meu amigo, lá terá que ser, é porque merece e só se perdem as que caírem no chão.

Bom, mas isso não invalida o que eu sinto pelo meu filho.
É meu filho! Amo-o mais que a vida, é a minha vida!
E acho o meu filho lindo de morrer, podia ser feio e eu dizia que ele era bonito na mesma, porque é meu filho, mas não, o meu filho é mesmo lindo!!
É puro, tem um sentido de humor invulgar e um coração de ouro.
Não pode ver animais abandonados, crianças em apuros, velhinhos sozinhos, é educadíssimo e ás vezes, demasiado adulto.

O meu filho sempre foi um menino muito especial, em relação aos afectos.
Vive intensamente as situações e fica tristíssimo quando lhe tiram o tapete ou o “ofendem”.

E isto tudo para dizer o quê, que isto até já perece um baby-blog!

Na semana passada notei que ele andava cabisbaixo, sisudo, tristonho e na quinta feira fui dar com ele metido na cama ás 7 da tarde, a chorar.

Pensei, “pronto, tirou negativa a alguma coisa.”

Não. Havia uma festa de anos de uns colegas da turma, no dia seguinte e ele foi o único menino a não ser convidado.
Perguntei-lhe se sabia porquê e ele disse que lhes tinha perguntado.
(É mesmo do meu filho! Quer dizer, apercebe-se que há uma festa, que não foi convidado e com a frontalidade que lhe é conhecida e pureza de coração, foi perguntar porque é que não tinha convite.)
Resposta: “Nós gostávamos que tu fosses, mas a minha mãe não deixa, porque no ano passado tivemos que te emprestar os resumos que fazíamos, para tu melhorares as notas.
A minha mãe não deixa que tu vás, porque não és bom aluno
.”

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Eu morri naquele instante.
Ver o meu filho a chorar, absolutamente consciente da puta da segregação que está a ser alvo, deu-me um nó na garganta tal, que não desatei a descabelar-me toda e chorar, porque não podia fazê-lo à frente dele.

Isto é a mais patente e flagrante prova da crise de valores que se faz sentir, meus amigos!

Queira Deus, que essa senhora nunca se arrependa da barbaridade que fez com o meu filho ao segregá-lo da forma mais violenta e castrante que imaginar, se pode.
Essa senhora não conhece o meu filho, que género de menino ele é, no entanto, porque não é aluno de 5's, colou-lhe um rótulo ediondo, como se ele fosse um marginal.

Deus permita que essa mãe não esteja a criar dois Hitlerzinhos, absolutamente convencidos que são os maiores do mundo, porque tiram 5 a tudo.
Nossa Senhora lhe valha quando esses meninos acordarem e descobrirem que o mundo não é só o cabrão do colégio e que a dignidade, não se mede ás notas e que há todo um planeta cheio de pessoas que nunca tiraram um 5 na puta da vida e que são seres humanos extraordinários!

Eu, que sou a mãe mais “vil”, nas palavras do meu filho, que como disse em cima não sou dada a facilitismos, nem benevolências, nem grandes confianças, só me apetece metê-lo debaixo da minha asa, aconchegá-lo e dizer-lhe que ele é um guerreiro e tem nome sonante, de Gonçalo, O GRANDE!

(Isso e partir a boca toda a essa senhora)

Post sério - Parte I


Há uns tempos, na caixa de comentários do blog da Rititi, e em relação a este post, deixei lá isto:

“É pá, eu tinha jurado a mim mesma que não ía cometer, NUNCA, a sandice de comentar no Blog da sôdona rititi.
É que ele há coisas que são sagradas, e tive sempre uma voz que me dizia: “não mexe, é só para ler”.
Bom, mas tenho vindo a acompanhar o desenrolar deste post e não resisti…
(corada de vergonha e com a cabeça levemente inclinada para baixo)
Apetece-me dizer:
Tenho lá em casa um rapaz de quase 13 anos, que me nasceu, tinha eu 20 anos e a meio da faculdade.
Foi sempre um desgraçado dum cigano, sempre a saltar de casa para o infantário, do infantário para casa dos avós, casa da tia, casa das tias, devidamente quitado com o saco do biberão, chupetas, gotas para as chupetas, leite em pó, papas enfrascadas e sopas encaixotadas. Mamou uns míseros dois meses nas minhas mamas e quer-me parecer que sempre apreciou mais o silicone do biberão.
Fartou-se de brincar com cães e gatos, comeu terra do jardim da minha mãe ás mãozadas, dormia onde aterrava, ás vezes no chão da sala, outras debaixo da mesa da cozinha, outras até, em duas cadeiras juntas, num qualquer restaurante.
Fartou-se de fazer coisas, ao longo destes quase 13 anos, que me põe a mim no top 10 das piores progenitoras de todo o Portugal, aos olhos de muito boa gente.
Tenho agora 33 e quando penso naquela altura até tremo. Fiz muitos sacrifícios por ele, mas santa paciência, ele também fez alguns por mim! E não ficou traumatizado, xiça, longe disso!
O rapaz cresceu até agora como um ser humano extraordinário (Ok, cheira mal quando chega do colégio, mas isso…), é absolutamente devoto a mim, tanto que ás vezes tenho que lhe lembrar que sou MÃE dele e não a gaja dele, nunca ficou doente com gravidade, é inteligente (OK é preguiçoso, mas duvido que isso seja do leite que não bebeu das minhas mamas ou dos kgs de terra que comeu em pequenino), excelente atleta, meigo, meigo, meigo, educadíssimo (não cospe para o chão, pede licença antes de entrar, trata os adultos por você, comporta-se devidamente em qualquer cenário possível).
Posso estar enganada, mas não me parece que vá crescer para se tornar num hooligan, ou que lhe desapareçam de repente as faculdades mentais, ou outra coisa qualquer que hoje se atribui à falta de leite da teta da mãe, ou à educação aciganada.
Muita gaja já me revirou os olhos, torceu o nariz e já tentou alvitrar em relação à criação da minha criancinha.
A essas normalmente eu faço-lhes o “dedo da asneira” (como diz o meu filho), ás vezes acompanhado pela língua de fora.

Desculpa, Rititi, a invasão do espaço e o comentário longo.
E agora, vou para casa lamber a minha cria e se calhar dar-lhe um ou outro calduço, pelas impertinências próprias da idade. (aiii vou aliviadinha!)”
...(continua no próximo post)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008