Omitindo a primeira parte do meu dia, que é sempre a mesma coisa que já descrevi aqui com alguma minúcia e que me abstenho de contar outra vez, para vosso e meu bem espiritual, começo esta saga a partir da altura em que deixei a miúda em casa da minha mãe, ás 10 da manhã.
Saí de casa da minha mãe e segui para o escritório.
Cheguei ao pé do escritório e estacionei.
Na mala do carro vem a pasta do computador, a pasta com kilos de processos que todos os dias carrego que nem uma mula para trás e para a frente e o carrinho da bebé.
Atarefadíssima e cheia de convicção, tiro o carrinho da bebé e abro-o.
Fico uns segundos, meia parva, a olhar pró carrinho e tomo consciência que não é aquilo que quero.
Fecho aquela merda, e enfio-o de novo na mala do carro.
Tiro a mala do computador e a pasta.
Pouso no chão para poder fechar a mala do carro.
Fecho a mala do carro.
Aparece a vizinha do estabelecimento comercial da frente, que mete conversa comigo por causa da bebé.
Fico toda vaidosa e mostro-lhe à força umas vinte fotografias da miúda com o irmão no telemóvel.
Despeço-me da vizinha.
Abro a mala do carro.
Enfio a mala do computador e a pasta dentro da mala do carro.
Fecho a mala do carro.
Entro dentro do carro e só paro em frente a casa da minha mãe.
Entro em casa da minha mãe que me pergunta admirada:
“Mas tu não ias para o escritório?”
Saí de casa da minha mãe e segui para o escritório.
Cheguei ao pé do escritório e estacionei.
Na mala do carro vem a pasta do computador, a pasta com kilos de processos que todos os dias carrego que nem uma mula para trás e para a frente e o carrinho da bebé.
Atarefadíssima e cheia de convicção, tiro o carrinho da bebé e abro-o.
Fico uns segundos, meia parva, a olhar pró carrinho e tomo consciência que não é aquilo que quero.
Fecho aquela merda, e enfio-o de novo na mala do carro.
Tiro a mala do computador e a pasta.
Pouso no chão para poder fechar a mala do carro.
Fecho a mala do carro.
Aparece a vizinha do estabelecimento comercial da frente, que mete conversa comigo por causa da bebé.
Fico toda vaidosa e mostro-lhe à força umas vinte fotografias da miúda com o irmão no telemóvel.
Despeço-me da vizinha.
Abro a mala do carro.
Enfio a mala do computador e a pasta dentro da mala do carro.
Fecho a mala do carro.
Entro dentro do carro e só paro em frente a casa da minha mãe.
Entro em casa da minha mãe que me pergunta admirada:
“Mas tu não ias para o escritório?”
3 comentários:
A avaliar pelas coisa que me acontecem de vez em quando, se eu tivesse tido um bébé acontecia-me o mesmo ou pior!
Tem calma e pensa que são boas anedotas para contar naquelas alturas em que não há ninguém que diga nada de jeito!!!
Entraste em auto-gestão queres ver????
Um beijinho
Eduarda
Be in ♥ love
Por acaso revejo-me nesta situação..não é nada fácil, queria ver um homem a passar por tudo isto! Ui ui! Mas o tempo passa e tudo volta à normalidade! Há que aproveitar todos os segundinhos para descansar.Força.
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