Ora bem,

Esta semana não tenho juros.
Sabem o que são juros? Não sabem? É porque não têm a mesma profissão que eu e um escritório em terra pequena.
Pronto, mas posto isto, tenho a dizer que esta semana talvez tenha tempo para pôr o trabalho do escritório da terra pequena em dia e desta feita já decidi que não vou pôr os pés no escritório da cidade grande, a não ser na sexa feira, para pendurar o quadro do menino da lágrima, quando todos já tiverem saído.

Para além disto, talvez tenha tempo de escrever um ou outro posto sobre coisas que me andam aqui a roer os calcanhares.

Uma delas tem a ver com toda uma realidade paralela, que é, as raparigas que na realidade é impossível que possam existir.
Eu, que sou rapariga para ter algumas amigas cheias de estilo, daquelas que são mesmo cheias de estilo e algumas até que operam as mamas (sem parecer a moça que fez de Floribela, claro está) para ficar ainda com mais estilo, eu que sou rapariga para ter essas amigas e ter com elas as conversas mais fúteis e inúteis, não consigo entender como é que de um momento para o outro, desatam a aparecer raparigas que juram a pés juntos que existem na realidade, mas que para mim, são é uns belos duns avatares, essa é que é essa.

Passo a explicar: (e nem vou tocar na temática cupcakes, que me dá logo vontade de enfardar uns dez pasteis de feijão)

Meninas, sim vocês, as que existem na realidade, aquelas que trabalham calçadas e vestidas (as que trabalham só de fio dental e descalças não são para aqui chamadas), vocês aí, digam-me pela vossa rica saúdinha umas coisas:

Existem ou não existem dias das vossas vidas em que estão verdadeiramente medonhas?
Os pêlos do corpo crescem ou não crescem, han? E nós temos ou não que lhes dar um tempo razoável para voltar a fazer a depilação? E durante esse tempo fugimos ou não fugimos dos nossos maridos/namorados/amantes/wahtever, como o diabo da cruz?
E há ou não sapatos que nos põem os pés pior que o chapeu de um pobre?
E há ou não há maridos/namorados/amantes/wahtever que de vez em quando são umas bestas e nos dá vontade de lhes atirar com um ferro em brasa e marcá-los para todo o sempre?
E há ou não há dias em que rasgam as meias quando vão a calçá-las e já não têm tempo para procurar outras ou então esse até é o úncio par que têm?
Alguém almoça, lancha e janta em sitios todos pipis, todo o santo dia?
Alguém sabe que no Porto e norte do país em geral, existem pessoas que sabem comer à mesa, de faca e garfo e tudo, não cospem para o chão, nem agridem pessoas indiscriminadamente e que apesar da pronuncia do norte, e ainda que a mesma seja cerrada, não pertencem a gangues, claques organizadas, nem fazem videos sobre calças coladas ao pacote?

E por falar em meias, digam-me, para terminar, se as putas das mini-meias não vos fazem ficar com uma marca horrível, abaixo do joelho?


PS – Quem me conhece e lê este blogue sabe que eu sou rapariga para estar bem conservada, ter dias em que estou um verdadeiro arraso e destilar estilo por tudo quanto é poro. Mas hoje, por exemplo, estou uma merda…