e eu que estou mais gorda tres quilos, hán?
aqui todos muito bem alapadinhos.... nas minhas coxas... hum?!
cabrões.
o problema é o seguinte: a crise e tal e mais a vida e a mim dá-me vontade de comer.
e quando me dá vontade de comer, eu como.
esse é que é o problema.
por exemplo, eu tenho vontade de escrever aqui no coiso. o que é que eu faço? como estou a meio dum dia de trabalho e sou uma mulher terrivelmente responsável, vou refrear a minha vontade com dois copos de água e só escrevo logo à noite e agendo para ser publicado no dia seguinte, não é?
tá errado. eu nem sei agendar, acho isso um must, mas não sei fazer.
na verdade, eu sou trabalhadora indêpêndentchi e por via disso e da minha molenguice, ás vezes dá-me para não me apetecer trabalhar e em vez de coçar os tomates que (ainda) não tenho, venho aqui e como tenho vontade de escrever, escrevo. e estou-me bem a cagar se me quiserem queimar viva numa fogueira, assim como assim, não sabem onde vivo...
simples.
o problema é com a comida.
e com os cigarros.
e com a bebida.
não.
tou a gozar,
com a bebida não tenho problema.
ainda.
eu tenho vontade de comer e como, não é? mas em vez de, orgulhosamente, comer à vista de toda a gente, não. como ás escondidas. é uma cena absolutamente racional, reparem. eu como és escondidas, não por qualquer impulso irracional, outrossim pela vontade pura e dura de comer, mas como fico cheia de vergonha, porque estava a ficar tão boua com a ginástica e tal e agora estou preguiçosa e não me apetece, fico inibida e por isso, como ás escondidas.
de todos.
isto é rigorosamente verdade.
como batatas fritas de pacote de madrugada, como bolachas, até as da minha filha mais nova, tadinha, e se sobrar alguma coisa que tenha molho de natas, tanto melhor, eu vou lá, muito devagarinho, meto o prato de arroz cheio de molho, aqueço no microondas e até abro a porta do aparelho antes de acabar, que é para não fazer aquele barulho da campainha.
a sério. deplorável.
eu por mim, não contava nada disto (não que isto seja um segredo, que o meu marido já sabe há muito tempo, finge é que não sabe, porque tem medo de mim) mas eu até posso estar a pensar mal e afinal isto, na vez de ser uma cena absolutamente deprimente e vexatória, é mazé um sintoma duma doença rara, ou coisa assim.
(e aqui dispenso a piada da doença ser a obesidade, porque, convenhamos, é demasiado óbvia, ok?)
eh pa, eu até ando triste, à custa desta merda.